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“Prata da casa” ou os “importados”; o que mais vale para disputar a série C?

Desde 2007 que o Rio Branco FC vem “perigando” conseguir a classificação para a série B do Futebol Brasileiro, fato que não se repetiu este ano. Porém um fato vem se repetindo todos os anos, seja com ou sem planejamento, jogadores “importados” são trazidos a cargo de reforço de peso, mesmo assim quem acaba vingando são as “pratas da casa”, aqueles já conhecidos pela torcida acreana.

No início da temporada chegaram no José de Melo 11 reforços, destes quatro acabaram pegando a “balsa” de volta para seus lares, restando outros sete, além é claro de Marcelo Brás e posteriormente Rodrigão, porém estes não contam, pois como disse no início do texto, são conhecidos da torcida local.

Nas duas últimas formações, contra o Águia e após enfrentando o Fortaleza (com totais chances de vitória), apenas três jogadores dos importados na era Tarcísio Pugliese, foram: o goleiro Marcelo Cruz, o zagueiro Jeferson (que mesmo com o gol contra vem atuando bem) e o volante Serginho. Podendo incluir o atacante Marcelo Maciel, uma espécie de 12º jogador.

No final das contas valeu os jogadores locais, citando as duas últimas escalações: Ley, Ananias, Ivan, Rafael, Ismael, Anselmo, Testinha, Juliano César, isso sem contar com Araújo, Marquinhos Costa, Douglas, Nenem e outros que poderiam entrar tranquilamente para dar um gás novo ao time.

O lateral Ananias frisou bem: “não é preciso trazer tantos jogadores, precisa sim trazer jogadores certos, para a posição certa. Aqui no Acre tem jogadores de qualidade, que podemos contar com eles para fazer um time coeso e dar alegria a torcida do Rio Branco”.

Apontado como revelação, Anselmo enalteceu a qualidade de alguns jogadores de fora, porém reforçou o coro do valor da “prata da casa”. “Os jogadores locais vem numa sequência de alguns anos com bom aproveitamento, mas futebol é isso mesmo”, disse. Talvez a jovem revelação não tenha mencionado é que os “importados” sejam mais valorizados que os jogadores locais, principalmente na questão salarial, mas quem resolve mesmo são os “velhos conhecidos”.

Para alguns jogadores, entre eles, o maior artilheiro da história do futebol acreano, Juliano César, e mesmo assim muitas vezes contestado, afirmou que pode estar com os dias contados no clube. “Meu contrato fecha este ano e acho que meu ciclo no Rio Branco está acabando”, pensamento este compartilhado pelo jogador mais contestado pela torcida, porém que não teve sua titularidade ameaçada nestes quatro anos por falta de um jogador a altura, Testinha pode deixar o Estrelão e, talvez, enfileirar as linhas dos clubes que estão no grupo da equipe acreana na série C. Porém isso o meia nega e prefere não tocar no assunto, mas como não ser cobiçado por equipes da região?

A despedida de muitos destes que defenderam o Rio Branco nestes anos todos pode ser no domingo, contra o Paysandu/PA, mesmo que a preferência de alguns fosse por jogadores de fora. Ter passagem por Santos, São Paulo, Corinthians não dá credenciais para ser um jogador diferenciado, muitas vezes apenas estava no lugar certo, na hora certa.

Os que deram foram aprovados, conversar para a próxima série C. Para a comissão técnica que salvou o clube de um rebaixamento vexatório, é pegar o número do celular. Para a diretoria, sonhar com os pés no chão e não acreditar em promessas, valorizando os jogadores do Estadual, talvez seja um começo.

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