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São Paulo bate o Flamengo e dá vitória para Rogério Ceni no Morumbi

Em um encontro marcado pela festa para Rogério Ceni, que celebrou 20 anos de São Paulo, o dono da casa construiu a vitória por 2 a 0 sobre o Flamengo ainda no primeiro tempo, na noite desta quarta-feira, no Morumbi, pelo Brasileiro. O Tricolor conseguiu a terceira vitória seguida na competição e mostrou que está realmente se recuperando da crise que atravessou após a Copa do Mundo. A equipe carioca não tem nada para comemorar: se aproximou dos últimos colocados e ainda teve Diogo, expulso quase no fim da primeira etapa.

SP

Com o resultado, o dono da casa chegou a 28 pontos na oitava posição, mas ainda pode ser ultrapassado pelo Vasco. O visitante segue com 22, em 16º, na beira da zona de rebaixamento, mas não corre o risco de entrar no Z-4 ainda nesta rodada. Na próxima, o time carioca encara o Vitória no sábado, no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, às 18h30m, e a equipe paulista enfrenta o Botafogo, no domingo, às 16h, no Engenhão.

Festa só para os tricolores. Diogo é expulso

A noite era de homenagens no São Paulo. Rogério Ceni recebeu um troféu por ter completado 20 anos de clube na última terça-feira. E Jorge Wagner completou 200 jogos com a camisa do time e foi presenteado com um uniforme especial.

Na escalação tricolor, o técnico Sérgio Baresi resolveu começar a partida com duas linhas de quatro. Junior Cesar perdeu a vaga e Richarlyson foi deslocado para a lateral esquerda. Cleber Santana ganhou um lugar no meio campo, e Jorge Wagner ocupou a vaga de Casemiro, suspenso, povoando o meio pela esquerda. No Fla, Silas montou o time no 4-4-2, com Renato na criação, e Diogo e Deivid no ataque. Petkovic ficou novamente no banco de reservas de início.

Com Marcelinho em mais uma atuação inspirada, o São Paulo chegou ao gol logo aos oito minutos: o jovem costurou a defesa e tocou para Marlos, sozinho, driblar Marcelo Lomba e tocar cruzado: 1 a 0 para o dono da casa.
O Fla tentou responder com um chute de primeira de Willians, que bateu na rede pelo lado de fora, na parte de cima, e assustou Ceni. Mas a verdade é que o anfitrião tinha mais facilidade em chegar ao ataque do que o visitante. Silas então tomou uma atitude pouco comum; sacou Correa, aos 21 minutos, para a entrada de Vinicius Pacheco, com o objetivo de fazer o seu time também procurar o gol. O volante, após ser substituído, sentou no banco e colocou as mãos no rosto, arrasado. E ainda ouviu do treinador a seguinte frase:

– Desculpa, mas eu tenho que arrumar o time.

Mesmo com a modificação, o Flamengo ainda tinha muito trabalho para evitar que o São Paulo fizesse o segundo e seguia sem incomodar a meta de Ceni. Aos 27, após uma cobrança de escanteio de Jorge Wagner, Fernandão cabeceou a bola no travessão de Marcelo Lomba. Mais um susto para a defesa rubro-negra.

Diogo fez uma falta desnecessária aos 38 minutos em Richarlyson e sofreu cartão amarelo. A bobagem custaria caro um minuto depois: o atacante caiu na área tentando cavar um pênalti e recebeu o segundo amarelo, que gerou automaticamente o vermelho. O Flamengo ficou com um a menos.

Era o que o São Paulo precisava para fazer o segundo: com ainda mais liberdade, Jorge Wagner cruzou com precisão para Fernandão, de cabeça, ampliar: 2 a 0 e festa da torcida tricolor, que começou a gritar: “o campeão voltou”. Os torcedores rubro-negros, calados, não acreditavam no que viam, e se irritaram ainda mais quando Renato isolou a bola em uma cobrança de falta aos 44. Deivid, em uma tentativa individual, deu um chute fraco a gol aos 45, tornando fácil a defesa de Ceni.

Silas é chamado de burro, Fla melhora, mas Tricolor garante a vitória

Silas manteve o time só com um atacante na volta do segundo tempo. Baresi, contente com a vitória parcial, colocou a equipe do São Paulo no 3-5-2, com a saída de Cleber Santana e a entrada de Renato Silva. A primeira chance do Fla foi aos sete, com Willians chutando perto da trave direita de Ceni. Aos nove e, aos 11, Lomba teve trabalho: no primeiro lance, ele defendeu uma finalização de Fernandão. Na segunda, ele viu uma bola de Marlos passar perto do ângulo direito do seu gol.

Com o Tricolor mais fechado, o Flamengo começou a ter mais tempo para trabalhar a bola e ameaçar a meta de Ceni. Uma cobrança frontal de Leo Moura, aos 13, beijou a trave. Angelim pegou o rebote de cabeça e obrigou Xandão a tirar em cima da linha. A bola só sossegou  nas mãos do homenageado da noite. O time carioca crescia de produção, e a torcida pedia “Pet, Pet”.

Com a demora de Silas para mexer, os torcedores rubro-negros começaram a chamar o técnico de burro. Pouco depois, o comandante resolveu mudar tudo na frente: tirou Renato Abreu, bastante vaiado, para a entrada de Pet, e colocou Diego Maurício no lugar de Deivid, que também esteve apagado. No Tricolor, Ilsinho entrou para fazer a reestreia com a camisa do clube.

O São Paulo, fechado, tinha Marcelinho como única arma ofensiva. Enquanto isso, o visitante tentava pelo menos diminuir o prejuízo. A melhor chance do Flamengo surgiu aos 36, quando Willians foi derrubado por Miranda na meia-lua. Pet se preparou para cobrar, mas quem bateu foi Juan, que mandou por cima do gol de Ceni. O homenageado ainda precisou fazer uma defesa importante aos 44 minutos, após uma cabeçada de Jean. Mas trabalhou bem menos do que imaginava antes da partida. (Globo Esporte)

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