Ícone do site Jornal A Gazeta do Acre

Acreanos presos na Bolívia voltam a denunciar maus-tratos

Em janeiro deste ano, acreanos que estão presos na cadeia pública da cidade de Cobija, Bolívia, na fronteira com o Acre, denunciaram que os recursos destinados pelo Governo Federal para compra de alimentos estavam sendo desviados e que os mesmos estariam passando fome por conta disso. No decorrer desta semana, novas queixas foram feitas.


Pelo menos 20 brasileiros estão presos no local, incluindo acreanos. Através de ligações telefônicas, originadas no interior do próprio presídio, eles relataram as precárias condições em que vivem. A maioria está presa em virtude de acusações de homicídio e tráfico de drogas.


Segundo um dos prisioneiros, que preferiu não se identificar, na ausência de alimentos eles acabam se transformando em escravos dos presos bolivianos, sendo submetidos a maus-tratos e tortura psicológica. Eles cobram mais atenção por parte do governo brasileiro e alegam que vários pedidos de socorro já foram encaminhados por familiares aos conselhos ligados aos Direitos Humanos.

Eles relatam ainda que os presos doentes não estão recebendo atendimento médico e, apesar da saúde debilitada, estão sendo obrigados a realizar trabalhos forçados. As autoridades bolivianas não permitem o acesso da imprensa à cadeia. Autoridades acreanas já fizeram várias visitas a cidade para conhecer de perto a realidade e buscar soluções.

Seminário internacional – O defensor público Waldir Perazzo prega a realização de um seminário internacional para debater a situação dos brasileiros encarcerados no exterior.

A proposta conta com a simpatia do presidente do Tribunal de Justiça do Acre (TJ/AC), desembargador Pedro Ranzi, mas nem por isso saiu do papel. A idéia do defensor público é reunir autoridades do Brasil, Peru e Bolívia para buscar uma solução definitiva para a problemática.

Sair da versão mobile