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Alunos da Escola da Floresta realizam estágio na ZAP-BR

Capacitação de qualidade para as novas gerações significa melhoria de vida no campo. Essa verdade tem guiado grande parte da mudança na perspectiva de vida de milhares de colonos no Estado do Acre. Os cursos e capacitações oferecidos aos filhos de produtores rurais ajudam a difundir as novas tecnolo-gias e práticas de manejo de plantas e animais, sem falar na valorização do meio ambiente como um todo.

Durante um mês, 27 alunos do curso de técnico agroflorestal oferecido pelo Instituto Dom Moacyr, através da Escola da Floresta, têm a oportunidade de estagiar na Zona de Atendimento Prioritário da BR-364. O trabalho juto aos produtores rurais da região é uma das últimas tarefas antes de receberem o diploma. Durante os 15 dias que cada metade da turma passa na ZAP-BR, os alunos aperfeiçoam o uso dos equipamentos, como o GPS, e aprendem a traduzir as necessidades e sonhos dos produtores em informações para o diagnóstico detalhado de cada propriedade.

O programa de atendimento da BR-364 foi criado com a intenção de valorizar a região e as famílias que há gerações enfrentam o isolamento, que diminui a cada metro asfaltado. A pavimentação é a realização de vários sonhos das famílias, como escoamento da produção, aporte de assistência técnica, acesso à saúde e educação. Isso sem falar no direito mais básico de qualquer cidadão, o de ir e vir.

O investimento do Governo do Estado na região gira em torno de R$ 55 milhões e as frentes prioritárias são a assistência social, saúde, educação e produção sustentável. O desenvolvimento da região é uma das formas de mitigar os impactos ambientais gerados pela construção da estrada, além de ser um mecanismo para evitar a pressão fundiária na floresta quando a estrada estiver aberta e garantir que os benefícios do asfalto sejam colhidos por quem de direito: as famílias que resistiram anos e anos no isolamento.

A coordenação do trabalho realizado na ZAP-BR é do Instituto de Terras do Acre – Iteracre, que mantêm técnicos e engenheiros agroflorestais, de inverno a verão, sediados na Ugai do Jurupari. É a parceria entre o Iteracre e o Instituto Dom Moacyr que possibilita o estágio dos jovens na região. Além de aprender com os profissionais, eles dão uma valorosa ajuda no trabalho de apoio e diagnóstico das propriedades.

Sonhos que se transformam em realidade
“Eu sempre esperei essa estrada, e agora ela vai sair. Eu quero ficar mesmo, porque agora vai acabar a lama”. O serviço de drenagem e terraplanagem já está avançado em frente à propriedade do senhor Odilon Silva e sua esposa Maria do Carmo Silva. O casal olha com esperança o final da estrada no horizonte e enxerga, principalmente, um futuro melhor para os sete filhos. Todos moram na ZAP-BR com os pais e o mais novo tem apenas 5 anos de idade. “Eu fico com o coração apertado de ver eles estudando tão longe, na casa da professora. Mas com a ajuda do governo, agora, isso vai mudar”, completa dona Maria do Carmo. (Agência Acre)

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