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Estudo aponta descumprimento de normas pelas comunidades

Emitido para garantir a sustentabilidade de produtos retirados da floresta, o FSC (da sigla em inglês para Forest Stewardship Council) representa para comunidades extrativistas a garantia da venda de seus produtos a mercados exigentes. Para assegurar –e conquistar – o FSC, elas precisam seguir uma série de normas e exigências.
Madeira
Mas não é bem assim que tem acontecido em algumas comunidades certificadas no Acre, e correm o risco de perder o selo verde. É o que mostra estudo realizado pelas universidades federais de Rondônia, São Carlos (SP) e pela Embrapa Acre. Publicada pela revista “Inovação, Gestão e Produção”, a pesquisa aponta algumas falhas cometidas.

Entre elas está a de que 60% do lixo produzido dentro da Associação de Moradores e Agroextrativistas do Remanso de Capixaba, que possui o selo FSC, não mantém a correta destinação. Plástico, papel, vidro e metal têm como destino o fogo. Já no Projeto Agroextrativista Porto Dias esse percentual chega a 30%.

Tal prática contraria uma norma do Conselho Brasileiro de Manejo Florestal, responsável pela emissão do FSC. A entidade exige que o lixo seja armazenado em área fora da floresta, sem impactos ao meio ambiente.

Os pesquisadores observaram a existência de caixas coletoras construídas em madeira e penduradas por palafitas. Essa improvisação, porém, não é suficiente para livrar o meio ambiente de danos.

Como não há coleta regular por caminhões, o lixo acaba por se acumular. Com a água da chuva, os estudiosos, não descartam a formação de chorume, substância tóxica formada a partir da decomposição do lixo.

O menor índice de destinação incorreta dos resíduos na Comunidade Pedro Dias ocorre pelo fato de que a sede da associação dos extrativistas, além de incentivar a prática sustentável, funciona como ponto de coleta. O mesmo não acontece na Associação Agroextrativistas do Remanso de Capixaba. 

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