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Hildebrando Pascoal volta a ser internado na Fundhacre

 O ex-deputado federal e coronel aposentado da Polícia Militar do Acre, Hildebrando Pascoal Nogueira Neto, 58 anos, está de volta ao Hospital das Clínicas do Acre – antiga Fundhacre – para a realização de exames complementares, em virtude de procedimento cirúrgico rea-lizado no mês de julho.
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A internação já dura dez dias e a expectativa é de que o paciente receba alta neste final de semana, quando retornará à Unidade de Regime Fechado 2 – como passou a se chamar recentemente o presídio de segurança máxima Antônio Amaro Alves.
Ontem (10), Hildebrando recebeu a visita de Armisson Lee, advogado indicado pela OAB-AC para atuar na sua defesa, mediante a recusa de assistência gratuita por parte da Defensoria Pública do Acre. De acordo com Lee, o coronel aposentado passa bem e aguarda alta médica para deixar o hospital.

Esta foi à terceira vez este ano que Hildebrando Pascoal deixou o presídio para se  submeter a tratamento de saúde. Em junho, ficou internado uma semana em decorrência de uma infecção urinária. Um mês depois retornou à Fundhacre para uma cirurgia de hemorróidas e agora para a realização de exames complementares.

Hildebrando é um réu que requer cuidados especiais. Além de hipertensão e diabetes, também sofre de síndrome do pânico, situação que teria sido amenizada quando passou a cuidar da biblioteca do estabelecimento prisional ao qual está recolhido.

Atualmente, a soma das penas do réu é de 106 anos de prisão, em oito processos julgados, restando ainda um no Acre (Caso Clerisnar) e outro no Piauí, onde é apontado como o autor da morte de José Hugo, assassino do seu irmão Itamar Pascoal.

Ele está preso desde 1999, quando foi denunciado como o líder de um grupo de extermínio no Acre, além de ligação com o narcotráfico. De acordo com os relatórios carcerários, o réu apresenta bom comportamento.

Novo pedido de progressão de regime
Hildebrando Pascoal encaminhou requerimento a titular da Vara de Execuções Penais da Comarca de Rio Branco, juíza Maha Kouzi Manasfi e Manasfi, solicitando progressão de regime de pena. O pedido foi feito do próprio punho, sem auxílio de advogado.

De acordo com argumentos, já defendidos perante à Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre, defensor Valdir Perazzo, do ponto de vista constitucional, o réu já faz jus ao cumprimento de pena em regime semi-aberto.

O requerimento foi protocolado no final do mês de julho. A juíza Maha e Manasfi ainda não se pronunciou acerca do pedido. Um pedido de prisão domiciliar, por parte do réu, também não está descartado, dado os cuidados especiais que a sua saúde requer. (D.A)

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