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Identificado fuzil de onde saiu disparo que matou Edna Ambrósio

Laudo pericial complementar realizado após a exumação do corpo de Edna Maria Ambrósio confirma que o projétil que matou a estudante de 23 anos, durante uma blitz de trânsito em fevereiro deste ano, foi disparado pelo fuzil MD2 nº. 51575 de propriedade da Polícia Militar do Acre. A conclusão tem como base fragmento encontrado no cadáver da vítima. Resta agora saber qual dos dois PMs denunciados pelo crime puxou o gatilho.
Caso-Edna
Em decisão interlocutória manifestada nos autos, o titular da Vara do Tribunal do Júri Popular da Comarca de Rio Branco, juiz Leandro Leri Gross, determinou a manifestação das partes em 48h. O representante do Ministério Público Estadual, promotor de Justiça, Rodrigo Curti, pediu vista dos autos para poder se pronunciar oficialmente sobre o assunto.

As informações trazidas aos autos através do laudo pericial complementar prometem uma grande reviravolta no caso. Isso porque, a partir da identificação do fuzil utilizado no disparo, em tese, apenas um dos PMs acusados teria matado a estudante, apesar da constatação de que vários disparos foram efetuados.

Caberá ao MPE, em sua manifestação manter a denúncia inicial ou promover as alterações que entender necessárias. Os advogados de defesa também têm 48h para questionar o laudo, que passa a ser uma das provas mais importantes do processo. Até ontem (6) nenhuma manifestação havia sido feita.
A Justiça aguarda ainda a retirada do fragmento que estaria alojado no ombro de Jeremias de Souza Cavalcante, 21 anos – namorado da estudante que conduzia a motocicleta no dia da ocorrência. Uma das balas que feriu Edna Ambrósio transfixou o coração da vítima e atingiu Jeremias. Ele responde o processo na modalidade de homicídio culposo, quando não há a intenção de matar.

Os dois PMs denunciados por homicídio qualificado são: Francisco Moreira e Moisés da Silva Costa. Ambos foram presos em flagrante logo após a lavratura do boletim de ocorrência, mas atualmente respondem o processo em liberdade por decisão judicial.

O CASO – Na noite do dia 25 de fevereiro deste ano, Edna seguia de motocicleta com o namorado Jeremias quando o casal se deparou com uma blitz de trânsito na Rua Campo Grande, bairro Palheiral. O condutor não atendeu a ordem de pare, momento em que foram efetuados vários disparos em direção a motocicleta. Uma das balas de fuzil atinge Edna pelas costas, transfixou o seu coração e foi se alojar no ombro de Jeremias. A estudante morreu no local enquanto aguardava socorro médico. A lesão provocada em Jeremias não foi suficiente para impor risco de morte. (D.A)

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