Quase 95% dos estudantes acreanos do ensino médio e fundamental estão matriculados em escolas da rede pública. No ensino fundamental, essa presença chega a 93,2%, enquanto que apenas 6,8% em colégio privado. No ensino médio, a distribuição é de 88,1% em escolas estatais e 11,9% em particulares.
Esses são os dados divulgados ontem pelo IBGE em sua Síntese de Indicadores Sociais, a SIS 2010. Quando o assunto é nível superior, Estado e iniciativa privada têm partilha quase semelhante na distribuição dos estudantes. A Ufac (Universidade Federal do Acre) – única instituição de ensino superior pública do Estado – detém 46,3% dos universitários.
A rede privada fica com 35,7%. Para especialistas ouvidos por A GAZETA, os números revelam a necessidade de o Estado garantir cada vez mais a qualidade do ensino dentro de suas escolas. De forma unânime, afirmam que uma Educação Pública de qualidade é garantia de uma so-ciedade mais desenvolvida.
Os professores reconhecem os avanços que o Acre obteve nos últimos anos, mas avaliam que um longo caminho ainda precisa ser trilhado. A SIS 2010 aponta que a taxa de freqüência dos jovens acreanos de 6 a 17 anos nos ensinos médio e fundamental é de 89,5% e 51,3%, respectivamente.
O IBGE também indica a quantidade de acreanos entre 18 e 24 anos que estão estudando. A maioria dos jovens dessa faixa etária está no ensino superior – 37%. Mas parcela significativa (34%) ainda frequenta o ensino médio, enquanto 9,6% o fundamental.
As médias de anos estudados pelos acreanos não está muito longe das nacionais e, na maioria dos casos, supera as do Norte. Entre os com 16 anos de idade, a média na sala de aula é de 7,6 anos; a do Norte 6,7. O tempo de estudo de quem tem 14 anos na região e no Brasil é, na sequência, 5,2 e 5,7 anos; no Acre, 6, 0 anos.