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Maioria dos incêndios é causada pelo fogo de produtores, aponta MMA

 A grande maioria dos focos de incêndios registrados no país, em especial no bioma Cerrado, ocorre pelo fogo usado por pequenos, médios e grandes produtores, além de índios, para limpar suas áreas de produção.

Com o tempo seco, as queimadas que são provocadas para a limpeza da pastagem ou áreas de cultivo acabam por adentrar em áreas verdes e causar sérios danos.

Essa foi a conclusão apontada ontem pelo MMA (Ministério do Meio Ambiente). Além de apresentar dados sobre os focos de calor, a pasta também divulgou o último balanço sobre o desmatamento na Amazônia, referente ao mês de julho. Em toda região, o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) apontou uma área desmatada de 485.07 km2.

O Acre registrou o segundo menor nível de desmatamento, com 4,48 km2; o Estado fica atrás apenas do Tocantins – 1,62 km2. Em julho, mais uma vez, os campeões de desmatamento foram o Pará e o Mato Grosso, com uma área de floresta derrubada de 237 km2 e 102 km2, respectivamente.

Em comparação com o período anterior, que vai de agosto de 2008 a julho de 2009, o desmatamento um ano depois caiu 47,5%. Se o Acre tem obtido bons resultados na queda do desmatamento, o mesmo não acontece quanto ao tradicional uso do fogo por produtores para “limpar” o solo.

Para reverter a situação, o governo investe em projetos para substituir o uso do fogo por métodos menos agressivos, como a mecanização. Segundo o secretário Nilton Cosson, da Seaprof (Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar), somente no ano passado mais de 100 tratores foram adquiridos.

Outro investimento é capacitar os produtores a substituir o fogo por práticas sustentáveis. “Hoje temos mais de 2.000 famílias que não mais usam o fogo e que produzem com qualidade. O melhor é que as pessoas ao redor desses produtores também não queimam mais”, afirma Cosson.

Ele comemora a redução do uso do fogo com o aumento da produtividade rural. “O IBGE mostra que o Acre foi um dos Estados que mais incrementou sua produção nos últimos anos.”

Segundo ele, o governo tem priorizado os produtores com métodos não poluentes, com a compra de sua produção, assistência técnica e manutenção constante dos ramais. “O objetivo é fazer com que, em noves anos, todos os produtores rurais estejam incluídos na política do ativo ambiental e florestal sustentável”, declara.

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