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Ministério anuncia nova estratégia de combate à dengue

 Uma nova estratégia de combate à dengue no país foi anunciada hoje (1º) pelo Ministério da Saúde. De acordo com o ministro José Gomes Temporão, agora serão utilizados cinco critérios básicos: a incidência de casos da doença em anos anteriores, os índices de infestação pelo mosquito, os tipos de vírus em circulação, a cobertura de abastecimento de água e coleta de lixo e a densidade populacional de cada município.

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Essa nova ferramenta reforça o caráter intersetorial do combate. A dengue é um problema de saúde pública que não se limita ao setor saúde. É um problema de toda a sociedade. Um problema recorrente que, em um ano melhora, no outro, piora”, afirmou. Desde 2003, o ministério utilizava o Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa). A partir deste ano, a expectativa é que uma ferramenta denominada Risco Dengue possibilite o fortalecimento imediato de ações de combate à prevenção.

Temporão disse ainda que não há “solução mágica” para o fim da dengue e que apenas uma vacina contra os quatro sorotipos da doença seria capaz de proteger as pessoas de forma mais contundente. “Todas as armas e estratégias são conhecidas, não há nada de novo”, afirmou.

O Risco Dengue tem como base dados já disponíveis em estados e municípios e define as ações a serem realizadas por todas as esferas. De acordo com o ministério, o risco de epidemia aumenta em cidades de maior porte e em regiões metropolitanas que não tenham enfrentado epidemias recentes ou alta circulação do vírus.

A pasta destacou que os estados e municípios deverão manter a realização do LIRAa. A recomendação, inclusive, é que ele seja ampliado de 169 para 354 cidades em todo o país. A divulgação de cada município que aderir ao levantamento está prevista para novembro.  (Agência Brasil)

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Dezenove estados brasileiros têm risco alto ou muito alto de epidemia de dengue

O Ministério da Saúde alertou hoje (1º) que 19 dos 27 estados apresentam risco alto ou muito alto de epidemia de dengue no verão 2010/2011. Os casos mais graves são: o Amazonas, Amapá, Maranhão, Ceará, Piauí, a Bahia, Paraíba, Pernambuco, Sergipe e o Rio de Janeiro. Em seguida vem os estados do Pará, Tocantins, Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Norte, de Minas Gerais, Mato Grosso, São Paulo e norte de Alagoas.

Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal, Roraima, Acre e Roraima apresentam risco moderado de epidemia de dengue. Em Santa Catarina, o risco é considerado baixo e, no Rio Grande do Sul, há risco apenas de transmissão focalizada.

Após anunciar uma nova estratégia de combate à doença, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou que o objetivo do governo é gerar uma grande mobilização – sobretudo de estados e municípios – para que se possa reduzir de forma drástica a presença do vetor no Brasil.

“Queremos ter, no ano que vem, uma situação melhor do que a deste ano. Estamos trabalhando para buscar uma redução drástica. Se não conseguirmos, o cenário é preocupante, com 19 estados com nível alto ou muito alto”, disse.  (Agência Brasil)

 

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