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Ministério Público se qualifica para atuar na área da improbidade administrativa

Depois de anos de aperfeiçoamentos e consolidação na área criminal, agora o Ministério Público do Acre quer se qualificar na improbidade administrativa. Em outras palavras, o MP capacitará seus promotores e procuradores para que estejam aptos a flagrar qualquer deliquência contra a máquina pública.
Ainda mais simples, o órgão vai denunciar e pedir a punição dos corruptos sem deixar brechas para a impunidade. A partir do próximo dia 20, ao menos 60 membros do Ministério Público iniciam um curso específico para qualificação e capacitação dentro da improbidade administrativa.

As aulas acontecem em parceria entre a Fundação Escola Superior do MP do Acre com a de São Paulo. Para o procurador Danilo Lovisaro, diretor da escola acreana, a qualificação do MP no combate à corrupção é essen-cial, pois se trata de um dos principais setores de atuação da instituição.

A atuação do MP do Acre dentro da improbidade administrativa tem sido algo sempre questionado pela sociedade, pois poucas são as ações concretas visíveis de enfrentamento ao sucateamento da máquina estatal. Diante de tal cenário, a pergunta que fica é: o Acre tem governos (estadual e municipais) perfeitos demais ou um MP omisso?

Na análise de Lovisaro, a atuação na improbidade administrativa requer muito preparo técnico e sua consolidação se dá em um processo gra-dual. “O nosso objetivo é termos promotores cada vez mais qualificados para produzir melhores investigações, o que garante um bom resultado quando for para a Justiça”, diz o procurador.

Para o procurador, o MP, sozinho, não resolve a chaga da corrupção. Ele defende o aperfeiçoamento e estreitamento das instituições responsáveis no combate a esse crime, como as polícias e os tribunais de contas, além de uma educação maior da sociedade para que ela seja intolerante com a corrupção.

Lovisaro afirma que a preparação do MP em uma eficiência maior no combate aos delitos contra a máquina pública vem no momento em que os brasileiros passam a cobrar mais ética e responsabilidade de seus representantes. Um exemplo é o Ficha Limpa, que impede a candidatura de pessoas condenadas por um colegiado.   

 

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