O MPE (Ministério Público Estadual) instaurou inquérito civil para apurar possíveis falhas na estrutura física do Estádio Arena da Floresta. O procedimento foi tomado com base em laudo de engenharia elaborado pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e encaminhado ao órgão.
Construído pelo governo estadual, o arena esportiva teve um custo orçado em ao menos R$ 20 milhões. Um dos cartões-postais do Acre, o estádio foi o escolhido pelo governo para disputar uma das subsedes da Copa do Mundo de 2014. O Acre foi desclassificado.
O documento da CBF está aos cuidados da promotora Alessandra Marque, da Promotoria de Defesa do Consumidor. A GAZETA procurou a promotora para falar sobre o assunto, mas ela afirmou que se posicio-nará oficialmente sobre o assunto nesta segunda-feira (6).
A assessoria de imprensa da CBF também foi procurada mas não houve o retorno das solicitações. Segundo informações obtidas, o laudo apontaria falhas estruturais que, se não solucionados, impedem a realização de jogos. Os problemas indicados pela confederação chegariam ao nível classificatório de crítico.
Em portaria, a Promotoria de Defesa do Consumidor solicita a realização de laudos de segurança pela Polícia Militar e Corpo de Bombeiros. É pedido ainda vistoria em parceria entre o MPE e o Crea (Conselho Regional de Engenharia) para que haja confronto com o enviado pela CBF.
O Arena da Floresta tem capacidade para receber até 14.000 torcedores. O estádio foi construído para receber os jogos do Campeonato Acreano e a participação dos times locais em disputais nacionais, como a Série C do Brasileiro. Com o Acre tendo pouca tradição no futebol, o Arena da Floresta passa grande parte dos meses inutilizada.
