Ícone do site Jornal A Gazeta do Acre

No Acre, de cada 1.000 nascidos vivos 29,8 morrem

FABIO PONTES

A pesquisa que traça o perfil social e econômico do Brasil, o IDS 2010 (Indicadores de Desenvolvimento Sustentável), realizada pelo IBGE, mostra que o Acre tem a maior taxa de mortalidade infantil da Região Norte. De cada 1.000 bebês nascidos vivos, 29,8 morrem. No Norte essa proporção é de 24,2 e de 23,3 nacionalmente.

Segundo o IBGE, a taxa de mortalidade infantil é um importante indicador das condições econômicas e sociais de uma sociedade. É através desse número que se pode ter uma noção do acesso aos serviços básicos de saúde, como a atenção ao período de gestação das mães com acompanhamento do pré-natal.

Outro fato a influenciar na quantidade de crianças nascidas mortas é disponibilidade de saneamento básico. Como mostrou A GAZETA no sábado (28), o Acre também tem um dos piores indicadores. Segundo o instituto, das 22 cidades do Estado, apenas seis contam com a rede de coleta de esgoto e quatro com estação de tratamento.

A taxa de mortalidade infantil acreana está classificada como média pela OMS (Organização Mundial de Saúde). De acordo com o instituto, medidas como a elevação do nível de educação das mulheres, o aumento da cobertura vacinal contra doenças infantis e principalmente o acesso aos serviços de saneamento básico contribuem para reduzir as taxas de mortalidade entre os recém-nascidos.

O IDS aponta que o número de internações hospitalares  ocasionados pela ausência de saneamento básico chega a 485,4 para cada 100 mil pessoas. Já a proporção de doenças transmitidas pelo contato com a água é de 1,9.

Quanto à expectativa de vida, o Acre apresentou bons resultados. A média de anos vividos pelos acreanos alcança a nacional. Os acreanos chegam a viver 71,7. Em cotejo com 10 anos atrás, a esperança de vida ao nascer subiu 4,9%. Em 2000 a expectativa de vida era de 68,8 anos.

 

 

Sair da versão mobile