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No dia da Amazônia, região mostra os desafios de se desenvolver sem destruir

Na semana em que é comemorado o Dia da Amazônia (5 de setembro), o Acre inaugura a sua primeira usina de álcool combustível. Um modelo de produção de grandes impactos ao meio ambiente. A inauguração também acontece na mesma semana em que a presidenciável verde Marina Silva visita a terra natal.

A inauguração da Álcool Verde junto com o Dia da Amazônia volta a levantar a questão do desenvolvimento econômico da região com a conservação da maior florestal tropical do mundo.

Desde 1999, o Acre tem tentado mostrar que é possível desenvolver sua sociedade através de um modelo econômico sustentável. Com 88% de seu território coberto por floresta virgem, o Acre investe em empreendimentos que valorizem os produtos florestais, tanto os madeireiros como os não.

Todos os investimentos, contudo, não têm apresentado os resultados esperados. Extrativistas ainda persistem em ter na pequena pecuária sua principal fonte de sobrevivência. A brutal diferença de valor do gado ante aquilo que a floresta pode oferecer tem desmotivado seringueiros focarem esforços no extrativismo vegetal.

Paralelo à economia verde, o governo também aplica recursos em políticas públicas para o setor agropecuário. Hoje a pecuária acreana é uma das mais competitivas do país. Esse avanço ocorreu sem ser necessário o avanço do boi floresta adentro. O uso de tecnologias permitiu o aumento do rebanho bovino na área já desmatada.

Depois dos anos de destruição da floresta (estimulados pelo governo militar e em vigor até bem pouco tempo), agora a Amazônia procura meios de garantir a distribuição de sua riqueza para os seus mais de 25 milhões de habitantes. Essa distribuição, entretanto, precisa se dar de forma sustentável para garantir a sobrevivência da floresta e das futuras gerações.

 

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