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Policiamento escolar é redobrado para ampliar abordagens especiais na Capital

Segurança é algo indispensável nas escolas acreanas. Por isso, não passou de um grande mal entendido  informação de que o policiamento escolar seria excluído de Rio Branco. Na verdade, a companhia que fazia tal ação preventiva foi ampliada para a incorporação em todas as 5 regionais da cidade. Isso significa que a Polícia Militar está redobrando a vigilância nos colégios locais, desde os meios logísticos (efetivos, viaturas e orçamento) até a sua área de atuação. A meta é inibir crimes nas escolas, com foco na prevenção.

O novo esquema de policia-mento escolar foi organizado desde a segunda passada, e já deve ser executado com maior eficiência a partir desta semana. Tal período é por conta de adaptações a este sistema, montado através de diálogos entre a PM e as secretarias de Educação e Segurança Pública. Para ter idéia do novo padrão funcional, logo no início o número de policiais atendendo escolas salta de 35 (da antiga companhia) pra cerca de 50 efetivos, com duplas de 1 PM dos já atuantes (aptos) e 1 PM novato (em capacitação).

De acordo com o cel. Mário César, comandante do policiamento operacional da cidade (CPO 1), Rio Branco tem 1 batalhão para cobrir cada uma das 5 regionais. Por sua vez, estes possuem policiamentos: comunitário, de radiopatrulha, motopatrulha, inteligência e grupamentos Águia. A partir de agora, será incluído a tais tipos o modelo escolar. Isto é, em vez de ter só uma companhia para rondar toda a cidade, cada regional passa a ter um grupo escolar próprio para assegurar seus limites, e já integrado com outros tipos.

E esta nova atuação não pára por aí. Para realizá-la, é preciso de metodologias policiais singulares. Como? O cel. Mário César explica: “trata-se de um modo de atuação policial diferenciado, com abordagens específicas para lidar com a comunidade escolar e o meio social em que está inserida. Por tal razão, tal método se mostra mais adequado pra evitar problemas dentro de colégios, como conflitos entre alunos e professores, porte de arma (de fogo e branca), aliciamentos de menor, seqüestros e até mesmo o tráfico de drogas”.

Para cumprir determinadas funções, o policiamento escolar de Rio Branco realiza aulas, debates e palestras (antes havia só 2 equipes, agora há 5 grupos de palestras), orientação de dicas de segurança preventiva, vigilância nas escolas e visitação às casas dos pais de alunos com problemas. Em outras palavras, os PMs são como ‘amigos’ dos estudantes, que infiltram-se na rotina diária das escolas a fim de garantir apenas a ordem presencial.

Irradiação do policiamento comunitário – Outra grande vantagem da nova estratégia de segurança é a extensão do policiamento escolar ao tipo comunitário, um padrão ideal almejado pela Polícia Militar do Acre. Segundo o cel. Mário César, as abordagens mais usadas nas instituições educacionais incitam ao policiamento comunitário por serem de caráter preventivo, amplo, bem planejado e inclusivo. Desta maneira, a proteção da PM chega não só às escolas, como também aos seus arredores, captando todo o meio social.

“Este é um tipo de policiamento que começa nos colégios e daí irradia-se ao restante da sociedade. Aproxima a polícia da escola e, depois, de outras demandas sociais. E isso é muito importante porque só assim é possível garantir a segurança nesta área em questão, ao mesmo tempo em que o braço do Estado a atinge com políticas públicas inclusivas. É um avanço gradativo, portanto, ao interior das comunidades rio-branquenses”, conclui.
A idéia é que o aluno tenha mais condições para se dedicar aos estudos, enquanto esteja freqüentando um ambiente mais seguro e estruturado nas escolas, em casa ou nas ruas. 

 

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