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Professores Alceu e Cleusa Ranzi trocam livros com o jornalista Silvio Martinello

 Os pesquisadores Alceu e Cleusa Maria Damo Ranzi fizeram uma visita cordial ontem de manhã ao jornalista Silvio Martinello, para uma breve discussão sobre literatura. Os três escritores conversaram sobre o mais novo sucesso literário do jornalista ‘Acre Onde o Vento faz a Curva’, lançado este mês. O casal aproveitou para presentear o repórter de A GAZETA com duas obras do pesquisador Alceu Ranzi-‘Paleoecologia da Amazônia’ e ‘Paleontologia da Amazônia’ – e a rica pesquisa da profa. Cleusa – ‘Raízes do Acre’.


Os professores, conhecidos pelo amplo trabalho de pesquisa e divulgação das estruturas denominadas geoglifos (ou seriam ‘sítios arquelógicos’?) e da história acreana, fizeram uma boa avaliação da leitura do novo livro do jornalista. Eles elogiaram a forma na qual o autor construiu as várias facetas do herói da estória, o personagem Leonardo. “Nós nos identificamos muito com o Leonardo, especialmente com o lado filosófico dele. É uma figura riquíssima, muito interessante”, salientou a profa. Cleusa Maria Ranzi.

A pesquisadora também enalteceu a narrativa espontânea e original do autor, revelando que só conseguia deixar o livro de lado à noite depois de muito tempo de leitura, sempre surpresa e maravilhada com os rumos com que a história ia se desenrolando.

Por sua vez, o pesquisador Alceu Ranzi, um legítimo ‘acreucho’ marcado em uma das discussões instigantes de ‘Acre Onde o Vento faz a Curva’, comentou acerca do estilo humorístico e objetivo do livro. Ele destacou a abordagem que o autor Silvio Martinello faz no ‘papelucho’ com base em sua ampla riqueza de leituras, pesquisas, experiências e visões centradas nas maiores questões que estão em constante debate neste ‘novo Acre’ atual. “Fica claro esta riqueza pelos temas trabalhados e pelos autores citados”, afirma.

Para finalizar, o casal de escritores ainda relembrou com o jornalista velhas histórias de amigos e familiares, matando as saudades do professor Pedro Martinello. “Ele era um grande amigo e, mais do que isso, foi um grande educador do nosso Acre.” disse Cleusa ao jornalista Silvio Martinello, irmão de Pedro.   

Os geoglifos e a carência de um museu

Quanto à pesquisa dos famosos geoglifos, um destaque nacional e internacional do Acre e, lógico, presente em ‘Acre Onde o Vento faz a Curva’, Alceu Ranzi contou ao repórter que novas figuras foram descobertas, para se somarem as mais de 300 já identificadas na região. Além disso, ele revela que novos materiais devem ser lançados em breve para expor um pouco mais sobre este patrimônio inestimável dos acreanos.

Nesse sentido, a dupla de professores resgatou a necessidade do Acre contar com uma grande estrutura de museu, adequado para expor tanto as imagens dos geoglifos quanto os materiais fosseis dos incríveis animais pré-históricos que viveram na região há mais de 10 mil anos.“Há peças aqui que poderiam estar em grandes museus do mundo todo. E nós não temos um lugar digno pra expô-las. Mas essa é uma discussão que já avançou bastante. É questão de tempo até termos um espaço melhor para exposição”, prevêem.    

 

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