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Promotor quer que fragmentos sejam analisados em Brasília

O promotor Rodrigo Curti encaminhou petição ao titular da Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Rio Branco, juiz Leandro Leri Gross, solicitando que os fragmentos de bala retirados do corpo da estudante Edna Maria Ambrósio, 23 anos – morta durante uma blitz de trânsito no início do ano – sejam encaminhados para análise em laboratório em Brasília (DF).

A medida, segundo o promotor, visa esclarecer de forma definitiva a existência ou não de resíduos asfalticos nos fragmentos, em virtude da alegação dos policiais indiciados pelo crime de terem atirado para o chão e não em direção a motocicleta que conduzia a jovem. A partir dessa versão, os disparos efetuados em direção a pista teriam ricocheteado e atingido a vítima.

Versão que, no entender da promotoria, precisa ser esclarecida para que não sejam cometidas injustiças no caso. Isso porque, caso se confirme que houve ricochete, os policiais, em tese, não teriam tido intenção de matar, mas apenas de intimar o casal que se negou a parar na blitz.

O juiz Leandro Leri Gross ainda não se manifestou acerca do pedido da promotoria. Para o advogado Heitor Andrade Macedo, responsável pela defesa do PM Moizes da Silva Costa, o laudo complementar realizado pelo Instituto Médico Legal, durante exumação do corpo da vítima, é conclusivo.

De acordo com a perícia, o fragmento encontrado no corpo da vítima Edna Maria Ambrósio Rego foi disparado pelo Fuzil MD2 n.º 1575, que estaria sob a responsabilidade do PM Francisco Moreira, também denunciado no caso. O que, em tese, inocenta Moizes da acusação de homicídio qualificado, como aponta a denuncia oferecida pelo Ministério Público.

O advogado Francisco Silvano Santiago, que representa Moreira nos autos, ainda não se manifestou em relação ao laudo complementar emitido pelo IML. Mas em virtude do resultado desfavorável ao seu cliente, a probabilidade é que também seja favorável a contraprova, a partir de perícia em laboratório fora do Estado.

 

 

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