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Uso do Exército na fronteira é temática recorrente em eleições

Tema comum usado por políticos em período eleitoral, o uso do Exército Brasileiro é apontado como a “salvação” para o fim da violência que a cada dia assola a sociedade acreana. O Acre tem uma área de fronteira que chega a mais de 1.000 quilômetros com a Bolívia e o Peru, por onde todos os dias são praticados crimes triviais na região, como o tráfico de drogas e armas, além do contrabando.

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Com as polícias não dando conta do patrulhamento das fronteiras, evocar os militares para tal trabalho serviria para preencher o vazio do Estado hoje nessas áreas. Com muito mais estrutura, o Exército tem condições de vigiar a fronteira por terra, céu e água.

Em seu programa eleitoral, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, afirma que terá como prioridade em sua política de Segurança Pública o reforço da Polícia Federal no policiamento fronteiriço. Já seu colega de partido e disputando o Governo do Acre, Tião Viana, disse, no último debate da TV Gazeta, que pleiteará o uso do Exército.

Enquanto uma solução definitiva não é concretizada, as áreas vizinhas ao Peru e Bolívia – maiores produtores de drogas do mundo – continuam livres para a atuação de criminosos. A grande discussão sobre o uso da Força terrestre como polícia é a preparação de seus homens, que são treinados para casos de conflitos armados.

Outro fator preponderante é o armamento, que também tem como objetivo combates em campos de guerra. Homens e equipamentos estão muito mais prontos para uma guerra do que patrulhar fronteiras brasileiras. Essa é a análise do general Artur Costa Moura, comandante da 17ª Brigada de Infantaria de Selva.

Em setembro do ano passado, o general esteve à frente da maior operação realizada pelo Exército no Acre, a Curare IV. Com mais de 700 integrantes (entre praças e oficiais), a ação, que durou uma semana, mostrou a eficácia do uso da Força na vigilância das entradas brasileiras pela Bolívia e Peru, além de fiscalizações nas estradas e rios.

“Não podemos tirar de foco nossa missão central que é estarmos prontos para responder a qualquer agressão sofrida pelo Brasil. Existem as instituições que têm esta atribuição fixa [de fiscalizar a fronteira], nós, eventualmente, realizamos este trabalho”, disse ele à época.

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