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Seca de açude pode deixar população do Bujari sem água

O açude formado a partir do represamento da ponta do Igarapé Redenção, na divisa dos municípios de Rio Branco e Bujari, na BR-364, está seco. No lugar de água, lama e terra rachada. O cenário só não é mais desolador devido à presença de dezenas de garças brancas. Atraídas pelos peixes, que se acumulam nas poças de água restante, as aves enchem de esperança o local.
Seca-bujari
A seca reflete diretamente na população de Bujari e, por pouco, não compromete o funcionamento do Aeroporto Internacional de Rio Branco. Tanto o município como o aeroporto dependem da central de distribuição, instalada pelo Departamento Estadual de Água e Saneamento (Deas), exclusivamente para atender as localidades.

A situação é tão critica que se não chover nos próximos dias não será mais possível captar água para atender o Bujari. Só nos últimos cinco dias, a baixa foi de 20cm. Se continuar neste ritmo, o desabastecimento será inevitável.

O açude foi construído no ano de 2005, a partir do represamento da ponta do Igarapé Redenção – considerado um dos mais extensos e caudalosos de Rio Branco. A capacidade de armazenamento inicial era de 210 mil metros cúbicos de água, podendo ser ampliado conforme a necessidade.

No município de Bujari (distante 22 km da Capital), a população já sente os efeitos da seca. A distribuição de água que antes era diária passou a ocorrer em dias intercalados. Os quase sete mil habitantes da cidade dependem do abastecimento feito pelo Deas. Se o fornecimento for suspenso, o caos é inevitável.

O diretor-presidente do Deas, Petrônio Aparecido Chaves Antunes, está ciente da gravidade da situação. Como medida preventiva, o fornecimento do aeroporto está sendo mantido através de carros-pipas, abastecidos em Rio Branco. A água captada no açude está sendo destinada apenas ao município de Bujari.

Além do rigor do verão amazônico e da ausência de chuvas, Petrônio observa que a ausência de vegetação no entorno do açude contribui para a redução do leito. Ele acredita que com as chuvas, previstas para os próximos dias, a situação se reverta.

Diretor do Deas pede que população evite desperdício
O diretor-presidente do Deas, Petrônio Aparecido Chaves Antunes, está preocupado que o desperdício de água por parte dos consumidores agrave ainda mais a situação do Bujari. Para evitar isso, ele pede à população que use apenas o necessário, e mantenha essa cautela mesmo após o período de crise. (D.A)

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