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Travessia das balsas pelo Rio Abunã volta ao normal

Após mais de 3 semanas com balsas encalhadas e filas de espera enormes, a situação do trecho de travessia entre Porto Velho e Rio Branco, cerca de 300 Km da Capital acreana, finalmente voltou ao normal. No começo da semana, foi finalizada a obra de um canal de passagem no trajeto do Rio Abunã, viabilizando o percurso livre das balsas. Além disso, o rio voltou a receber água, após quase 1 mês de seca. Na manhã de ontem, as filas de veículos no local, que antes duravam até 5h e se estendia até 4 Km, terminaram de vez.

Com canal de passagem livre, outro fator positivo é que as balsas voltaram a operar com 100% de capacidade (transporte de 16 carretas ao invés de 4 ou 5). Isto é, dificilmente a situação voltará a ter balsas encalhadas ou acúmulos de filas quilométricas de veículos. 

Porém, quem destaca o maior benefício da normatização no serviço das balsas é Marcos Lima, gerente de transporte e logística da rede de supermercados Araújo. Conforme ele, tal regularização no trajeto significa o fim dos problemas no abastecimento de produtos alimentícios ao mercado local. De fato, desde o começo desta semana o recebimento de mercadorias vindas de Rondônia já começou a transcorrer conforme o normal.

O gerente conta que os atrasos de outrora chegaram a deixar o Acre sem produtos por 2 dias, há cerca de 2 semanas. Por conseqüência, os itens hortigranjeiros (que não podem ser estocados) sumiram das prateleiras de mercados locais. “Mas agora este é um quadro que não deve voltar a se repetir. Os supermercados já estão recebendo os carregamentos normalmente e disponibilizando-os de imediato aos consumidores”, ressaltou.

Combustíveis – Se o abastecimento de alimentos já começou a se regularizar no Estado, a situação do combustível segue problemática. Como a recepção da gasolina é feita por outro percurso, que passa pela balsa de Humaitá, a carência continua afetando os postos do Acre e Rondônia. No trecho de travessia, o Rio Madeira continua seco (abaixo de 3 m, sendo que o normal seria 4 m) e as balsas seguem operando com muitos obstáculos.

O que ainda ameniza a escassez é a medida cautelosa que os postos acreanos adotaram ao armazenar combustível. Contudo, em alguns postos os estoques já estão começando a acabar. Segundo a Delegacia Fluvial, só há previsões de acréscimo no volume de água do Rio Madeira em outubro. Até lá as balsas continuam transportando com dificuldades, mas devem passar por relevantes melhorias, aos poucos, na sua operacionalidade atual.

 

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