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Ação conjunta desbarata quadrilha que fraudava Previdência Social

A Operação Casamata, desencadeada nas primeiras horas da manhã de ontem, desbaratou uma quadrilha especializada em aplicar golpes na Previdência Social no Acre.

Formada pela Polícia e Ministério Público Federal, além do próprio Ministério da Previdência Social, a ação resultou no cumprimento de 11 mandatos de busca e apreensão, seqüestro de bens e afastamento de três funcionários.


De acordo com as investigações realizadas até agora, as fraudes causaram prejuízos aos cofres públicos de ao menos R$ 400 mil. Segundo o delegado da Polícia Federal Richard Murad, a cifra pode chegar a R$ 1 milhão. Os golpes aconteciam em agências de Rio Branco, Acrelândia, Xapuri e Plácido de Castro.


De acordo com Dilmar Pregardier, assessor chefe de Pesquisa Estratégica e Gerenciamento de Riscos do Ministério da Previdência, os funcioná-rios acusados de envolvimento no esquema foram afastados e passarão por processo administrativo interno. Eles podem ser expulsos do órgão.


Os envolvidos também tiveram a quebra do sigilo bancário autorizado pela Justiça. As investigações apontam que as fraudes aconteciam das formas mais distintas. Uma delas é a falsificação de certidões de óbitos para que fosse feito o cálculo retroativo com valores maiores de indenizações aos falsos herdeiros.    


A quadrilha também criava falsos dependentes para que o pagamento de benefícios não fosse interrompido com a morte do titular. Os trabalhos investigatórios apontaram, ainda, o uso de “laranjas” com procurações fajutas para receber o pagamento de benefícios, além de darem fim aos processos concessórios.


Segundo a PF, os reais beneficiários não sabiam que foram lesados. As investigações no Acre aconteciam desde abril. A Operação Casamata no Estado é a de número 54 da Força Tarefa Previdenciária criada para apurar crimes dentro da Previdência Social, e que contou com mais de 40 agentes federais e 10 servidores do órgão.  

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