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Acusados de assassinar Pinté teriam encomendado o crime por R$ 30 mil

A Polícia Civil prendeu na manhã de sexta-feira, 24, quatro pessoas acusadas de serem mandantes do assassinato do ex-presidente da Câmara de vereadores do município de Acrelândia, vereador Fernando José da Costa, 46 anos, “o Pinté”. Ele foi morto com seis tiros no quintal de casa,  no centro de Acrelândia, no dia 1º de maio deste ano.
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Foram presos os secretários municipal de Administração, Jonas Vieira Prado, que também exerce o cargo de chefe de gabinete da Prefeitura, o secretário municipal de educação Joaba Carneiro da Silva, a vereadora e tesoureira da Câmara de Acrelândia, Maria da Conceição Araújo, que é mãe do prefeito Carlinhos Araújo e Carlos Henrique Pereira Lago. Este último foi preso no município de Humaitá, estado do Amazonas.


A polícia também prendeu Paulo César de Araújo, que é pai do Prefeito Carlinhos Araújo, por posse ilegal de munição para arma de fogo.


O pai do prefeito foi detido e levado para a delegacia daquela cidade para esclarecer o motivo de ter em sua posse munições de arma.


Outro envolvido no crime que teve a prisão preventiva decretada é o secretário municipal de Obras de Acrelândia, José Valcir da Silva, que conseguiu fugir do cerco policial.

O crime
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O vereador e presidente da Câmara Municipal de Acrelândia, Fernando José da Costa, 46 anos, o “Pinté” do Partido Progressista (PP), foi executado com seis tiros, no dia 1 de maio, em um sábado, por volta das 20h quando chegada em casa, na Rua José Deus, centro de Acrelândia após participar de uma partida de futebol com amigos.


Na época, uma testemunha informou que a vítima entrou no quintal da casa, quando dois homens em uma motocicleta se aproximaram e atiraram contra o vereador.


As Investigações
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Segundo informações do secretário de Polícia Civil do estado do Acre, delegado Emylson Farias, tão logo a polícia tomou conhecimento do crime, tiveram início as investigações que culminaram com a prisão de Jhonata Alves apontado pela polícia como o autor dos disparos que executou a vítima. Ele foi preso no dia 31 de maio.


A partir da prisão do executor a polícia passou a ouvir vários moradores do município, que repassaram informações importantes sobre ameaças de morte que a vítima teria sofrido dias antes do crime.


Algumas testemunhas apontaram, os suspeitos de serem os mandantes do assassinato e a polícia passou a investigar todos eles.


Uma das testemunhas revelou à polícia que a vítima teria descoberto um esquema de desvio de verbas públicas e teria contado a algumas pessoas que iria denunciar os acusados.

A Motivação e o “consórcio de morte”
Através da informação de uma testemunha, sob a ameaça que o vereador “Pinté” teria dito de que denunciaria o esquema de desvio de verbas, a polícia descobriu que o dinheiro público desviado de várias secretarias serviu para pagamento de propina na Câmara do município.


Segundo Emylson Farias, a morte de “Pinté” foi “decretada” a partir do momento em que os envolvidos no esquema de desvio ficaram sabendo das ameaças da vítima de que iria denunciá-los.

O delegado Emylson Farias afirmou ter provas que os secretários José Valcir e Joaba Carneiro juntamente com a vereadora Maria da Conceição, mãe do prefeito Carlinhos Araújo em reunião decidiram “decretar” a morte de “Pinté” e para isso teriam formado um “consórcio” onde contrataram Carlos Henrique que por sua vez contratou o pistoleiro Jhonata Alves que recebeu R$ 30 mil para executar o vereador.


De todos os envolvidos no assassinato do vereador, resta à polícia prender o secretário de obras, José Valcir da Silva que conseguiu fugir do cerco policial e o piloto da moto que deu fuga ao pistoleiro no dia do crime. Mas segundo a polícia, o piloto da motocicleta já foi identificado e a prisão dele e de José Valcir será em questão de dias.

Dos acusados somente vereadora nega participação no crime
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Dos acusados presos em Acrelândia na manhã de sexta-feira, 24, somente a vereadora Maria da Conceição, mãe do prefeito Carlinhos Araújo, quis falar com a imprensa e negou participação no crime.

Ao ser levada ao Instituto Médico Legal (IML) para exame de corpo de delito, antes de ser encaminhada ao Presídio Estadual, a vereadora negou ter participação na morte de “Pinté”. “Não sei por que estou sendo presa, até agora não me falaram nada,” disse. Questionda sobre sua participação na morte do vereador, a vereadora negou qualquer envolvimento.

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