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Vereadora é acusada de planejar morte do marido em Feijó

Após quatro meses de investigação sobre a morte de Nilson Thaumaturgo Ferreira, 56 anos, presidente do Partido dos Trabalhadores do município de Feijó, o delegado Getúlio Monteiro concluiu o inquérito que aponta que Nilson não foi vítima de acidente de trânsito, mas de homicídio. Nilson supostamente teria morrido vítima de acidente no final de abril deste ano, ao cair com uma moto Bis em uma ribanceira na estrada, que liga as cidades de Feijó e Tarauacá.

Assassinato_vereadora
Segundo o delegado titular da delegacia central do município de Feijó, o inquérito foi encerrado na última quarta-feira, 1º, e aponta a vereadora Marleidy Dourado (PT) como principal responsável pela morte do marido.

O inquérito concluiu que Nilson Thaumaturgo foi vítima de homicídio, supostamente tenha sido assassinado a pauladas e que os acusados, a vereadora Marleidy e o jovem Francisco Adriano, 25 anos, suposto amante da vereadora na época, tenham sido os autores do crime.

Por telefone, o delegado Getúlio Monteiro concedeu entrevista à reportagem de A GAZETA e afirmou não ter dúvidas quanto a participação da vereadora e do suposto amante dela na morte de Thaumaturgo.

“Realizamos reprodução simulada do acidente e a perícia constatou que a velocidade da motocicleta no momento do acidente era de 31km/h. A frenagem encontrada no local do acidente não condiz com o peso da moto e dos dois ocupantes, que no caso seriam a vítima e a vereadora. Os hematomas no corpo da vítima revelam que ela sofreu ação de objeto contundente (supostamente pedaço de pau) na cabeça e peito. Além disso, a moto e os capacetes não apresentavam danos e a suposta segunda vítima, que seria a vereadora Marleidy, não sofreu nenhum ferimento ao contrário da vítima que veio a óbito”, concluiu o delegado.

Vereadora vai continuar em liberdade
Getúlio Monteiro explicou que apesar da vereadora Marleidy ser a principal acusada da morte do marido, por enquanto ela vai continuar em liberdade.
Getúlio explicou que a vereadora tem emprego e residência fixa na cidade e por esses fatores a legislação garante que ela aguarde o julgamento em liberdade.

“O inquérito foi encerrado e agora a denúncia será encaminhada ao Ministério Público Estadual (MPE), que vai analisar as provas que concluem e apontam os acusados e decidirá se pede ou não a prisão dos acusados, ou se eles aguardam o julgamento em liberdade”, finalizou o delegado.

“Acidente foi simulado para tentar disfarçar um crime”, diz delegado
O delegado disse ainda que o acidente teria sido uma péssima simulação para tentar disfarçar um crime de homicídio, que supostamente tenha ocorrido na mesma estrada.

As provas periciais no local do crime e o exame cadavérico comprovam que a vítima não morreu de acidente de trânsito.

A moto não teria colidido com nenhum obstáculo, prova disso é que não foi constatado nenhum arranhão no carro.

Segundo o delegado, os capacetes ficaram intactos, o que reforçou a perícia da moto. Por fim, a frenagem no local do acidente também foi simulada, pois não condiz com a velocidade em que era empreendida no momento do suposto acidente e nem com o peso da moto, mas dos passageiros. Para encerrar, a vereadora que era a passageira não sofreu nenhuma lesão, enquanto o marido dela, que foi a vítima fatal, teria sofrido lesões gravíssimas.

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