Solenidade realizada na manhã de ontem, no Palácio Rio Branco, uniu autoridades estaduais e federais para o fortalecimento de políticas públicas para a área cultural. O evento teve como anfitriões o governador Binho Marques e o ministro da Cultura, Juca Ferreira.
A assinatura de acordos também foi acompanhada por representantes dos mais distintos segmentos da cultura acreana. Entre as medidas estatais está a construção do Centro de Cultura da Floresta.
O local, que custará R$ 4,7 milhões, servirá como o núcleo para a produção e difusão das manifestações culturais dos povos tradicionais da floresta, como as lendas de seringueiros e costumes indígenas.
“O desenvolvimento do meio ambiente depende da conservação cultural, e lógico que a conservação cultural também depende da qualidade de vida das pessoas. Esse centro [Cultural da Florestal] trará a possibilidade desenvolver conhecimentos científicos a partir do tradicional”, disse o ministro.
Para Ferreira, o Brasil ainda precisa avançar a passos largos quanto à sua sabedoria tradicional. “Ainda estamos muito atrasados.” Ainda no evento foi apresentado o Projeto de Lei que cria o Sistema Estadual de Cultura.
Após a aprovação pela Assembléia Legislativa, o Acre passará a contar com o seu próprio Programa de Fomento e Incentivo à Cultura, além de um fundo para financiar projetos da área, o Funcultura.
“A criação do fundo já destinará parte do orçamento do Estado ao financiamento dos artistas, garantindo que os investimentos no setor sejam cada vez mais crescentes”, afirmou o governador Binho.
Segundo ele, após as sucessivas aplicações de recursos em uma área prioritária como a Educação, agora é a vez da Cultura ter atenções especiais do poder público. Uma das formas, completou, será a construção de novas bibliotecas, a ampliação do acesso à internet, ao cinema e teatro.
