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Dilma, a única novidade da pesquisa Ibope no Acre

A tão esperada divulgação da pesquisa Ibope não trouxe novidades na corrida eleitoral acreana.
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O fator a se destacar foi a arrancada da candidata à presidência Dilma Rousseff (PT), que saiu dos 17% de intenções de votos para 32%. A queda acentuada da acreana Marina Silva (PV) de32% para 19% também foi notável. José Serra (PSDB) perdeu cinco pontos e tem 34%.

 Os números dos tucanos revelam uma porcentagem variável entre 30% e 40% para qualquer candidato de oposição no Acre. Portanto, não deverá ter grandes alterações até as eleições.

Se for feita uma análise das duas mais recentes pesquisas do Ibope fica fácil comprovar que a tendência do voto de centro esquerda se manteve quase inalterada no Acre.

Na pesquisa anterior Marina tinha 32 e Dilma 17, num total de 49%. Na pesquisa atual, a soma das duas candidatas de esquerda é de 51%, com um aumento de dois pontos percentuais. Essa tendência também deverá permanecer até o final com o predomínio de uma das duas candidatas.

A primeira explicação mais óbvia para o crescimento de Dilma no Acre é a influência do quadro eleitoral nacional. Com números tão favoráveis fica difícil os eleitores se manterem insensíveis. Outro fator importante é o empenho das principais lideranças da Frente Popular em alavancar a candidatura presidencial petista. Eles estão mostrando aos eleitores que uma vitória da Dilma no Estado facilitaria futuros pleitos dos prováveis governantes locais. A união desses dois fatores devem ter ajudado e muito a candidata do presidente Lula.

Por outro lado, a situação de Marina Silva (PV) fica delicada com esses números no Acre. A primeira indagação da mídia nacional à candidata verde se refere aos motivos de não estar à frente na sua própria terra natal. Isso dá margem a muitas interpretações “maldosas”. Mas caso ocorra uma subida de Marina no plano nacional poderemos ter novamente uma reversão dos seus números no Acre.

Agora, o fato do Acre ter uma candidata à presidência é que torna os números daqui assunto da mídia nacional. O resultado da corrida eleitoral presidencial foi noticiado e analisado nos principais blogs e sites do país. É óbvio que se trata do fator Marina porque o eleitorado do Acre significa apenas 0,3% do nacional e, portanto, dificilmente alteraria o resultado de uma eleição.   

A corrida ao Palácio Rio Branco
A liderança do candidato Tião Viana (PT) continua folgada apesar de ter caído cinco pontos. Por outro lado, Tião Bocalom (PSDB) subiu quatro pontos e o Tijolinho patina no 1%. A tendência é a candidatura de oposição ainda crescer. As mais recentes eleições no Acre têm mostrado a tendência do voto oposicionista variar entre os 30% e 40%.

No entanto, um fator inesperado na atual pesquisa é o excelente desempenho de Tião Viana nos municípios do Juruá com resultados melhores do que na Capital. Nas disputas anteriores a tendência era exatamente contrária.

Disputa apertada para o Senado
O ex-governador Jorge Viana (PT) voa em céu de brigadeiro para o Senado mantendo índices de 63% de intenções de votos. A tendência é que seja proporcionalmente um dos eleitos com a maior porcentagem de votos do país. Mas a disputa pela segunda vaga continua apertada.

Edvaldo Magalhães (PCdoB) pulou de 27% para 31%. No entanto, o seu principal adversário, Sérgio Petecão (PMN), também subiu de 35% para 38%. Tudo indica que os dois estarão no páreo até a semana das eleições. Já João Correia (PMDB) voltou a ter os mesmos 11% que tinha no início das pesquisas.

A vitória para a segunda vaga do Senado vai depender de uma série de fatores já que ainda existem quase 30% de indecisos. Os programas de rádio e televisão, os comícios e as atividades de campanha serão fundamentais para a definição dos votos dos indecisos.

Outro fator que poderá ser importante é o desempenho dos candidatos à presidência. Se Dilma Rousseff continuar nessa trajetória ascendente e o Serra na descendente o candidato comunista poderá ser beneficiado.

A luta pelas vagas na bancada federal
Existe um outro aspecto da eleição que não foi abordado pela pesquisa Ibope, mas que promete ainda muita emoção. As oito vagas em disputa para a Câmara Federal deverão ter uma definição mais adiante. A tendência de escolha do candidato a deputado federal dos eleitores só se consolida nas duas últimas semanas que antecedem as eleições. Evidentemente que os nomes mais conhecidos levam vantagem.

Além disso, a saída prematura de Jessé Santiago (PSB) criou novas alternativas para os votos do nicho evangélico que deverão migrar para diferentes candidatos. O que se comenta é que a FPA deverá fazer seis deputados e a oposição dois.

Mas ainda é muito cedo para uma avaliação. Por enquanto, o trabalho dos candidatos às cadeiras parlamentares devem se preocupar em se tornarem conhecidos. A consolidação dos votos realmente só deverá acontecer às vésperas das eleições. 

Chuva de candidatos à Aleac
Outra eleição complicada é para deputado estadual. Além de serem quase trezentos candidatos a definição por parte do eleitor comum também é tardia. A tendência é que a escolha aconteça mesmo nos dias que antecedem a eleição. Por isso, aqueles que sonham com uma cadeira na Aleac deverão se empenhar muito até o dia do pleito.

Mais uma vez os candidatos mais conhecidos e que possuem mandato levam vantagem. Mas é bom não confiar apenas nisso porque o voto a estadual é muito pessoal. É preciso andar muito e estar muito próximo do eleitor se o candidato quiser lograr êxito na empreitada. 

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