Em Cruzeiro do Sul, o dia de Tião Bocalom, candidato a Governo pela Coligação Liberdade e Produzir para Empregar, começou esta quinta-feira (16) com um arrastão pelo bairro Cruzeirinho Novo, um dos mais carentes e violentos da cidade.
Bocalom visitou casas, falou com moradores e pôde ver de perto as privações que vive a comunidade de aproximadamente 300 famílias. Os moradores disseram ao candidato que o bairro é área de risco alagada na época de chuva pelo rio Moa e São Francisco e apresenta o maior índice de malária em toda a cidade.
Bocalom respondeu que seu Governo vai ter o saneamento e a habitação como prioridades , e se comprometeu em construir na cidade o chamado Bairro da Liberdade II, com casas gratuitas a serem distribuídas a população carente.
O bairro, de acordo com o candidato, terá capacidade para 2 mil pessoas e será dotado de uma engenharia moderna para atender as necessidades das pessoas do local. ”Vai ser um bairro ecologicamente correto,socialmente justo e economicamente viável”, garantiu.
Enquanto visitava o bairro, Bocalom recebeu a notícia do assalto, em Rio Branco, a Liras Produtora, responsável pela elaboração do programa eleitoral da Coligação. O assalto, realizado à tarde de quinta-feira, chocou a população e os integrantes da Frente de Oposição, em plena campanha política por todo o Estado.
Os candidatos da Coligação ,unanimemente, expressaram seu mais profundo repúdio ao ato de violência praticado por 2 bandidos armados que assaltaram e chegaram agredir alguns funcionários da produtora com socos, pontapés e coronhadas.
Bocalom pediu à Polícia o máximo de empenho na apuração dos fatos e disse que espera que a invasão da produtora não tenha nenhuma conotação política nesta reta final de campanha. Indignado, o candidato a Governo revelou que os bandidos, estranhamente, quebraram máquinas e equipamentos fundamentais para a realização dos programas . ”Foi uma atitude suspeita que exige explicação imediata e o empenho da polícia para a elucidação do caso”.
No comício à noite do Cruzeirinho, Bocalom voltou a exigir rapidez e eficácia nas investigações para pegar os responsáveis pela invasão da produtora. E disse que a população e a cidadania acreana exige uma resposta das autoridades que agora têm a chance de mostrar isenção e a competência necessária .
O candidato a deputado estadual, Artur Neto (PMN),disse que a invasão da produtora da oposição exige uma resposta rápida da polícia para não colocar em risco a segurança e tranqüilidade necessária no período eleitoral. A notícia da invasão da produtora em Rio Branco causou surpresa e indignação a todos os presentes no comício, que fizeram coro para exigir a solução imediata do ocorrido.
Bocalom, inclusive, gravou um depoimento a ser veiculado nos meios de comunicação onde diz que está disposto, ”a pagar com a própria vida para que a democracia se estabeleça no Acre”.
Já o candidato a Senado Federal, Sergio Petecão(PMN), tão logo soube da invasão esteve na produtora em Rio Branco para levar sua solidariedade e apoio aos funcionários agredidos. Alguns funcionários chegaram, inclusive, a serem levados ao Pronto Socorro em razão dos golpes desferidos pelos marginais.
Um dos maiores críticos do atual sistema de segurança do Acre, Petecão chegou a pedir a demissão da atual secretária de Segurança, Márcia Regina, e pediu ao Ministério da Justiça o envio de um maior efetivo da Força Nacional para combater a violência e marginalidade em todo o Acre.
Para o candidato, a invasão da produtora é mais um exemplo da falência do sistema de segurança que , definitivamente, perdeu o controle da violência e não sabe como combater bandidos fortemente armados “ e dispostos a qualquer coisa”. Petecão disse que a população está com medo, acuada e já não sabe a quem pedir socorro. Só mesmo uma ação de impacto para dar um freio neste pesadelo”. (Assessoria)