Um dos advogados criminalistas mais conhecidos do Acre, Jair Medeiros, está tentando levar a sua experiência jurídica para a política acreana. Por isso, resolveu ser candidato a deputado estadual pela primeira vez na sua vida. O advogado atua há mais de 20 anos no Estado tendo atendido mais de três mil famílias neste período. Nascido em Juiz de Fora (MG), Jair Medeiros, é conhecido como um criminalista competente com grande êxito profissional. Ele atuou, inclusive, em casos polêmicos no Acre como o do Esquadrão da Morte.
O postulante a uma cadeira na Aleac fala dos seus propósitos. “Renovação. Tenho acompanhado os trabalhos da Aleac e visto uma morosidade muito grande. Alguns parlamentares passam os quatro anos em completo silêncio, sem falar nada e não apresentam nenhum projeto. Só em época de eleição vão pedir votos. Nem na imprensa aparecem porque não tem produção. Acho que tenho condições de lutar pelos direito dos acrea-nos. Aliás, é isso que venho fazendo há 20 anos como advogado criminalista. Isso é o que eu sei melhor fazer. Quero ser uma voz na Aleac para junto com o Tião Viana (PT) no governo conduzir o Estado da melhor maneira possível para que a sociedade seja mais feliz”, argumentou.
Jair Medeiros nunca foi candidato a nenhum cargo eletivo. “Nem tinha pensado em sair. Mas de tanto ver falar dos deputados cheguei à conclusão que não bastava apenas criticar. Tinha que colocar o meu nome à disposição da população e enfrentar para depois poder falar. Com meu conhecimento jurídico acho que poderemos fazer alguma coisa em prol da sociedade. Quero fazer indicações e projetos de leis para os quatro temas básicos da segurança pública, da saúde, da educação e da moradia”, avaliou.
Justiça versus polícia
Questionado sobre a questão de segurança pública e as críticas que o sistema jurídico tem recebido da sociedade, o advogado, faz uma reflexão. “Penso que o sistema está errado. Nos Estados Unidos o sujeito é preso a uma pena de 25 anos. Só terá direito a condicional se tiver condições psicológicas. O sistema nacional tem que mudar. Porque o juiz não faz nada mais do que cumprir a lei. Como a sociedade poderá receber um preso no semi-aberto se não há condições para ele trabalhar? Se o sujeito for rejeitado voltará ao crime. É preciso colocar em prática a Lei de Execução Penal que determina que os presos não serão ociosos”, afirmou.
Em relação às mudanças do Código Penal que poderão ocorrer na próxima legislatura do Congresso Nacional, Jair Medeiros, fala da contribuição que poderá sair da Aleac. “Se for eleito poderei fazer indicações para ajudar os nossos parlamentares federais. É preciso haver um melhor aparelhamento do sistema jurídico para que o cumprimento da pena seja para ressocializar o indivíduo. Ele precisa estudar, trabalhar e aprender para voltar ao convívio da sociedade”, finalizou.