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Horários: o velho e o novo – qual escolher?

A Gazeta do Acre por A Gazeta do Acre
21/10/2010 - 03:37
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Estamos às vésperas do plebiscito que decidirá sobre o “fuso horário” do Acre. Gostaria de conversar um pouco com os leitores sobre este assunto.
Primeiro quero salientar que um país ou uma unidade política qualquer, pode ter um horário determinado que não condiga com sua localização no Planeta.

Isto ocorre quando este lugar tem um território pequeno; ou quando sua extensão leste/oeste é estreita, sendo maior é no sentido norte sul; ou ainda quando o Governo é autoritário e muda os horários conforme suas conveniên-cias econômicas ou políticas.  Em qualquer destas situações quem paga mais caro pelas mudanças é a população geral que tem de estudar, trabalhar, descansar entre outras coisas em horários, às vezes, não tão apropriados. 

O Acre é um estado brasileiro, por isto parte de um país que é imenso tanto no sentido leste/oeste como norte/sul. Por isto nossas variações temporais são tão comuns se considerarmos o sentido leste/oeste – nos horários diversificados que temos; como são comuns as variações climáticas com as temperaturas mais frias e mais quentes, quando tomamos com referência o sentido norte/sul.

Tenho visto muito gente na rua, nos bairros, nas igrejas, enfim em todos os lugares discutir como ficará o fuso horário do Acre após o dia 31 de outubro. 
Primeiro temos de desfazer uma confusão de termos: “fuso horário” e “horário local”. Vamos, primeiro que entender que  o “fuso horário acreano” sempre foi o mesmo, pois ele é dado pela localização do Acre no Planeta; isto não pode ser mudado por força de uma lei. Portanto, o “fuso horário” nosso é e sempre será o mesmo, isto é, o quarto fuso horário brasileiro ou o quinto fuso com relação a linha de Greenwich. O que foi mudado no Acre foi nossa “hora legal”; e, como esta mudança foi feita de forma baseada em parâmetros que desconsiderou o fator natural  de nossa localização, assim como também desconsiderou a forma da população pensar sobre assunto, podemos dizer que foi uma medida errada cientificamente e socialmente arbitrária.

Por este motivo, neste artigo vou opinar em favor do retorno ao antigo e legítimo horário acriano, justificando cada um dos argumentos, vejamos:

1º) – O fuso horário de um lugar é um fenômeno de sua localização geográfica no Planeta. Existem profissionais como Geógrafos e Cartógrafos que são especialistas nestas áreas que vivem no Acre, e foram totalmente ignorados pelo “atropelo do poder e da vaidade” que o Autor da lei, que mudou a hora do Acre, acreditou ter. Portanto, o primeiro ponto que saliento,  refere-se ao desrespeito para com as Ciên-cias da área Geográfica e Cartográfica e com a comunidade acadêmica em geral.

2º) – Nosso organismo reage de forma diferente conforme as variações temporais diárias; assim temos mais disposições para dormir a noite e fazer atividades diversas durante o dia. Portanto, o “relógio biológico” de cada Ser Humano está vinculado a sua condição de localização no Planeta. Porém , quando mudou o horário do Acre, o então Senador Autor da lei, não considerou como isto afetaria as condições biológicas das pessoas, com repercussões diretas, inclusive, na saúde de cada acreano.  

3º) – A sociedade acreana ao longo de sua formação acostumou com a hora de fuso horário dado por sua localização. Uma mudança de horário, ou qualquer outra que um dia venha ser feita, caso envolva a sociedade como um todo, tem que ser aceita por todos; afinal, vivemos num estado democrático! Por isto é bom que as autoridades aprendam que a consulta popular apenas reforça os seus propósitos conforme os anseios de seus representados. Isto deveria ser uma prática comum numa sociedade democrática.

4º) – A localização do Acre fez deste território, o estado mais ao oeste do Brasil. Por isto estamos distante da faixa litorânea Atlântica, onde situam as áreas economicamente mais dinâmicas do país. Na época da mudança do horário, argumentavam que este novo horário iria ajudar o “Acre a aproximar mais ao Brasil”. Nisto há pontos críticos, pois apesar de distante espacialmente do centro, o Acre é Brasil desde 1903. A distância não é um fenômeno que justifica a importância de um lugar, um exemplo disto podemos ver que nos Estados Unidos da América:  os centros políticos principais também estão no litoral Atlântico (New York e Washington, p.e.),  mas o estado mais rico daquele país é a Califórnia que está no litoral Pacífico, em fuso  horário diferente.   Por isto a localização do Acre é distante do Oceano Atlântico, mas é a porção do território nacional que mais se aproxima do Pacífico. Daí, esta localização que aparentava ser um limitador pode ser um potencial importante para nosso desenvolvimento.

5º) – Diziam que seriam necessário as mudanças para viabilizar o funcionamento bancário, para o horário de programas televisivos e para o comércio. Resultado foi que os bancos mantiveram o horário; os programas de televisão continuam sendo assistidos por todos, inclusive, nossas crianças (que agora dormem mais tarde); ao comércio, até que serviu para as negociações telefônicas; porém, hoje perante a tecnologia existente, em tempo de globalização, as transações comerciais e financeiras podem ocorrer praticamente em qualquer horário; e, também o comércio em Rio Branco passou a abrir em horários variáveis tendo lojas que 7:00 h. já estão abertas, outras abrem apenas as 9:00 h.;  até as escolas passaram a iniciar as aulas às 7:30 h.  Sabem por que houve estas adequações de horário interno ao Acre? Por que se se-guíssemos o novo horário, as gentes interessadas não chegariam no tempo determinado, mas sim no tempo de seu “relógio bio-lógico” que está regulado pelo velho horário ignorado. Isto demonstra que o costume das pes-soas e de todos nós vivendo em sociedade, onde somos os agentes que preenchem a realidade, inclusive, o mercado consumidor, é o que dinamiza a realidade. Então, esta mudança não nos serviu.

6º) – Dizem as propagandas em defesa do sim que: “já se acostumou, por que mudar!” Será que já acostumamos ou estamos sendo obrigados a nos adequar? Não se desfaz algo construído em cem anos e reconstrói em apenas um ano; é bom que pensemos nisto!

Hoje, num mundo de economia globalizada, o tempo econômico é ágil; a distância temporal torna-se cada vez mais virtual. As principais bolsas de valores do mundo funcionam em fusos horários diferentes é nem por isto as cidades onde situam tiveram que adequar seus horários ao de New York, de Londres ou de Tókio.  Então, a quem interessou a mudança do horário acreano? Este é um ponto para refletirmos e não cair perante vaidades individuais.
Por isto tudo quero defender “o não” à mudança e o retorno ao horário real, por uma questão de defesa ao estado democrático, pelo respeito a opinião de povo acreano, pelo acerto científico de nossa hora. No dia 31 escolham 77.

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Mas respeito às opiniões divergentes, pois acredito que vivemos num estado democrático, onde a vontade popular deve ser mais importante que as vaidades individuais que cada um pode cultivar em seu coração e fazer aparecer em suas práticas.  Fiquem de olhos bem abertos!

Prof . Dr. Silvio Simione da Silva Centro de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal do Acre

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