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Agências de Cruzeiro do Sul e de outros municípios ampliam greve dos bancários

Para marcar o terceiro dia de greve dos bancários,  agências dos municípios do interior acreano começaram a ampliar o movimento nacional. Na manhã de ontem e no final da tarde de quinta (30), duas agências – Banco do Brasil (BB) e Caixa (CEF) – de Cruzeiro do Sul aderiram à paralisação. Com isso, já são 5 agências em greve no interior, mais 9 na Capital. Além de Cruzeiro, agências de Feijó, Brasiléia e do Quinari já estão paradas.

Com a maior adesão das agências, o número de funcionários dos bancos cada vez torna-se mais expressivo no Estado. Ao todo, o Acre possui cerca de 750 bancários, dos quais estima-se que cerca de 60% (400 servidores) já cruzaram os braços. Os demais 40% de trabalhadores representam aqueles que executam serviços essenciais. No país, a corrente grevista já paralisa em torno de 450 mil bancários, em mais de 3.870 agências.

Por tal razão, as filas de usuários nos caixas de bancos continuam tornando-se maior a cada dia. Algumas agências, inclusive locais, tentam reduzir a alta demanda acumulada trazendo servidores do interior para prestar atendimentos nas Capitais. Outra saída dos bancos está sendo auxiliar a população a utilizar caixas eletrônicos e casas populares. 

Segundo a presidenta do Sindicato dos Bancários do Acre (Seeb/AC), Elmira Farias, o crescimento das agências locais na greve é mais uma prova da insatisfação da categoria quanto às políticas adotadas pelos patronatos dos bancos brasileiros. Entre algumas das reclamações, a sindicalista aponta o alto índice de assédio sexual/moral aos servidores, imposição de metas abusivas, stress, ‘tortura psicológico’ de patrões, ambientes ruins de trabalho, horas extras nem sempre remuneradas, transporte ilegal de dinheiro, etc.

A greve dos bancários foi provocada pela negação aos itens da campanha salarial 2010 da classe. Entre algumas de tais reivindicações destacam-se: pedido de 11% de reajuste salarial, aumento para 1 salário mínimo (R$ 510,00) no auxílio alimentação e cesta básica, Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de 3 salários, mais R$ 4 mil fixos por ano.

A paralisação segue por tempo indeterminado, com poucas negociações em andamento. Conforme Elmira, enquanto os banqueiros não se mostrarem mais dispostos a resolver tais ‘abusos’ e aos atrasos econômicos, a greve deve continuar crescendo em todo país.  

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