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Após pior semana do ano, Acre não tem nenhum foco desde o domingo eleitoral

Com escassez de chuvas, o mês de setembro fechou com um alto volume de queimadas, registrando a nova pior semana do ano. Do domingo retrasado (26/9) até o último sábado (2/10), foram 1.563 focos de calor, superando em 8 casos a 1ª semana de setembro (5 a 11). Mas com o domingo eleitoral e a incidência de chuvas, ninguém quis mais saber de queimar no início desta semana. Desde domingo (3) até o fim da tarde de ontem (4) não havia sequer 1 foco de calor registrado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.
O motivo deste ‘fogo zero’ no início de outubro com certeza foi o clima eleitoreiro. Com a preocupação de votar, não houve tempo para queimas. Outras grandes aliadas foram as fortes pancadas de chuvas. Mesmo com fiscalização flexível por conta do controle às eleições, as chuvas não deram chance para que os incendiários ateassem sequer fagulhas em suas terras.

Ainda assim, vale destacar que o ‘verão’ não acabou. Isto é, o Acre continua oferecendo condições propícias ao fogo, correndo riscos de apresentar novos booms do fogo. É bem provável que estiagem perdure até metade do mês. Inclusive, a partir de hoje deve voltar o clima de calor e de baixa umidade do ar, o que já serve de alerta aos incêndios locais.

No acumulado de focos deste ano, de 1º de janeiro até ontem (4 de outubro), o Estado já registrou 8.057 ocorrências no Inpe. Na mesma data em 2005, ano de pior crise do fogo, o Acre tinha 27.947 focos, isto é, o total de 2005 é 3,5 maior do que deste ano (347%).

Ainda usando 2005 para comparações, foi a partir do começo de outubro que os focos começaram a cair drasticamente. Para ter idéia, de janeiro até 30 de setembro, 2005 teve uma média de 98,41 focos/dia. De outubro pra frente, tal média caiu para 20,8 focos/dia.

Fumaça – Com as chuvas generalizadas que caíram sobre quase todas as regiões do Acre neste fim de semana, a concentração de fumaça não concretizou sua ameaça e começou a se dissipar a partir de sábado e domingo. Ontem, com o cessar da frente fria, os ventos voltaram a soprar no sentido sudeste, devolvendo o azul para o céu rio-branquense.

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