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Feira tem a cara da Amazônia, diz Angelim

O prefeito de Rio Branco Raimundo Angelim visitou na manhã deste sábado as obras de instalação da Feira Panamazônia, que acontece no período de 20 a 24, no Horto Florestal.

 Angelim conheceu os espaços onde os mais de 300 empreendimentos serão instalados, orientou engenheiros e técnico e ouviu da coordenação do evento como anda os preparativos para uma das maiores feiras de economia solidária da América Latina.

O prefeito elogiou o trabalho que vem sendo feito e falou que a feira tem a cara da Amazônia, haja vista que prioriza as modalidades econômicas exercidas de forma solidária no Acre, nos demais estados da Amazônia brasileira e, também nos países andinos e da América do Sul. Ao todo, oito países estarão representados na Panamazônia. Além desses, todos os Estado do Norte do Brasil e mais alguns de outras regiões se farão presentes ao evento.

Em conversa com a imprensa, Angelim falou da importância da Feira Panamazônia. Ele lembrou que, no Brasil, apenas a feira do Mercosul, da cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul se iguala à realizada no Acre.

“Essa feira que realizamos é a valorização dos pequenos empreendedores e de todos aqueles que acreditam nessa rede da economia solidária que hoje está sendo valorizada em todo o mundo”, disse o prefeito. Ele contou que é através dos pequenos e dos médios empreendedores que se pode fazer uma revolução na geração de oportunidades de trabalho e também na valorização da criatividade.

“Temos que valorizar o pequeno, a criatividade e os que lutam com dificuldade e que, não sendo compreendido, lutam por espaço”, afirmou.

Carlos Taborda, um dos organizadores da Panamazônia e membro do Fórum Acreano de Economia Solidária disse que a feira vai abrigar empreendimentos ligados ao artesanato, alimentação, cultura e muitos outros que contribuem para a geração de emprego e renda.

“Esses empreendimentos são fundamentais para gerar recursos e gerar ações de transformação social. Por isso é que a consideramos de grande importância para o desenvolvimento regional”, disse.

Já Márcia Lima, que também atua na organização da Panamazônia e é membro do Fórum Brasileiro de Economia Solidária, falou sobre a participação internacional na feira. Ela contou que já há a confirmação de representantes do México, Colômbia, Guatemala, Bolívia, Venezuela, Uruguai, Peru e Chile.

Da Região Norte, todos os Estados já confirmaram presença. Virão em torno de dez representantes de cada Estado. “Fora estes, teremos também representantes de Estados de todas as regiões”, lembrou. Segundo ela, a feira será uma excelente oportunidade para a troca de experiências nos campos sociais e no campo da produção e comercialização.

Paulo Sérgio Braña, que coordena o Programa Municipal de Economia Solidária, afirmou que a Panamazônia será, também, uma feira temática, onde questões importantes ligadas à economia solidária estarão sendo discutidos.

“Compreendemos que o desenvolvimento precisa considerar o ecossistema e esse ecossistema que está em jogo é o bioma amazônico.

Então, a palavra Panamazônia compreende todo esse território que não é só brasileiro, é peruano, venezuelano, boliviano e de outros países que fazem parte dessa fronteira. Então, nós queremos fazer um debate de economia solidária enquanto negócio e enquanto empreendimento, mas nós queremos, também, falar da sustentabilidade desse ecossistema”, explicou.

Nesse sentido, haverá os seminários e palestras que acontecem em espaços fora do Horto Florestal. Esses eventos discutirão desde a ligação do Acre ao Pacífico até a organização dos empreendimentos solidários.

O representante da Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários (Unisol), Carlos Omar, afirmou que a Panamazônia é uma vitrine para os empreendimentos solidários.

“Na feira vão estar os que trabalham com as diversas cadeias produtivas e que vão poder mostrar o melhor da produção solidária no Acre e na América Latina”, contou Omar. (Ascom PMRB)

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