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Grupo do Palhaço Tenorino remonta Os Saltimbancos

Primeiro a preparação musical, depois o estudo de texto. É assim que têm sido divididos os ensaios do Grupo do Palhaço Tenorino (GPT), que desde o mês de abril se prepara para a estreia do espetáculo musical “Os Saltimbancos”, neste sábado, 9, às 18 horas, no Teatro de Arena do Sesc.

Essa é a segunda vez que o grupo monta o texto de Chico Buarque. A primeira montagem foi em 1998 e ficou marcada pelo sucesso de público e pelos prêmios ganhados em festivais nacionais.

Escrito pelo italiano Sergio Bardotti e pelo argentino Luis Enríquez Bacalov, o espetáculo é uma adaptação do conto dos Irmãos Grimm “Os Músicos de Bremen” e narra a história do encontro de quatro animais que devido aos maus tratos fugiram de seus patrões.

Juntos decidem formar um grupo musical e rumam à cidade para começar a carreira artística. No caminho, um encontro inesperado muda o destino dos animais. Traduzido e adaptado em tempos de ditadura, o texto infantil foi a maneira encontrada por Chico Buarque para passar pela censura da época uma manifestação artística que representasse uma revolta ao sistema imposto pelos militares.

“Existe uma ligação inegável entre a repressão que acontece no texto e a que acontece hoje em dia nesse nosso mundo de poder. E as crianças, que são nosso público alvo, entendem perfeitamente a relação de poder que acontece na peça”, afirma o diretor Dinho Gonçalves.

Toda a história é entrecortada com músicas que, na leitura do GPT, ganham novos arranjos e novas melodias. Quem assina a direção musical é também Dinho Gonçalves, premiado em 1998, no Festival Nacional de Teatro de Ponta Grossa – PR (FENATA) e ,em 1999, no Festival Nacional de Teatro de São Jose do Rio Preto/SP pelo arranjo musical da primeira montagem do grupo.

A temporada de estreia está marcada para  todos os sábados e domingos de outubro e até lá os atores não poupam esforços para um dos maiores desafios que é o de cantar no palco. Em cena são sete atores, dentre os quais quatro já são veteranos da montagem. Os outros três são iniciantes em musicais. Para a atriz Bell Paixão, uma das novatas, tirando o nervosismo, a maior dificuldade é conciliar a afinação com os passos de dança que são arduamente trabalhadas nessa montagem.

E por que remontar Os Saltimbancos? Marília Bonfim, atriz fundadora do grupo explica: “O texto impõe para o ator tanto o desafio da atuação quanto o da música, trabalhado no canto. Além disso, a concepção da montagem pede mais pessoas, o que é um fortalecimento para o GPT, e ajuda a marca um novo momento.” (Assessoria FEM)

 

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