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Para ministro, ICMS de 33% faz o acreano pagar mais pela energia

Em visita ao Acre esta semana, o ministro Márcio Zimmermann (Minas e Energia) disse ontem, em entrevista coletiva, que a cobrança de 33% de ICMS (imposto estadual) sobre o consumo de energia faz com que os acreanos paguem mais caro pela tarifa. Apesar de desembolsar mais pelo serviço, a sociedade não tem recebido, como retorno, uma energia de qualidade.

Há tempos os acreanos vêm vivendo sérios transtornos por causa dos serviços prestados pela distribuidora Eletrobras (Distribuição Acre) e a fornecedora Eletronorte. Entre eles estão os apagões ocasionados por problemas na linha de transmissão do SIN (Sistema Interligado Nacional).

Apesar disso, essa é a primeira vez que Zimmermann vem ao Acre para falar sobre o assunto. A visita acontece no calor da disputa do segundo turno da corrida presiden-cial entre a candidata governista Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB).

O ministro também chega ao Acre após a reunião em Brasília entre os governadores eleitos com o presidente Lula para esboçar a força-tarefa para emplacar Dilma.

O ministro e seus assessores diretos não trouxeram grandes novidades à sociedade, além daquilo que já é notório. Uma das soluções apontadas por ele é a construção da segunda linha de transmissão, conhecida por Linhão. Já prestes a começar, a obra terá um custo aproximado de R$ 240 milhões.

O segundo circuito é apontado como a solução definitiva para os apagões que deixam grande parte do Estado sem energia. Enquanto não é con-cluído, o ministério analisa a proposta de Rio Branco voltar a ter em funcionamento suas usinas termelétricas.

“Não é possível uma capital ficar sem eletricidade por conta de falhas na única linha de transmissão”, afirmou ele.

Quanto à distribuição interna, Zimmermann deu a garantia de que investimentos serão realizados para diminuir as constantes oscilações e quedas no fornecimento. “Cerca de 80% dos desligamentos ocorridos são por causa de problemas na distribuição, e isso nos levou a tomar uma série de medidas”, disse o ministro.

Entre elas está a separação dos ramais de distribuição das zonas urbana e rural. Panes nas linhas rurais – que são constantes – acabam por afetar as da cidade e, com isso, fazem o sistema entrar em pane. “Essa é uma medida emergencial para melhorar a performance da distribuição”. A instalação de religadores e troca de transformadores são outras soluções a curto prazo.

 

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