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Rio Branco vive surto de catapora, com 244 casos

Quem nunca pegou catapora é melhor tomar cuidado! O número de casos da doença nas duas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Rio Branco disparou nos últimos dois meses e meio. Ao todo, os dois centros hospitalares registraram o crescimento de cerca de 20 casos em julho para 96 em agosto e 244 em setembro. Nas duas primeiras semanas deste mês, as UPAs juntas computaram uma parcial acima de 80 ocorrências.

Na UPA do 2º Distrito, o salto da Varicela foi de 13 ocorrências em julho (valor dentro da média normal) para 75 em agosto, com novo boom para 172 casos em setembro. Na primeira semana de outubro foram 38 casos, uma prova de que a doença segue em alta.

Na UPA do Tucumã, os valores são menores, mas indicam uma progressão parecida. Os registros saíram da média de 6 casos em julho para 26 em agosto e 70 em setembro. Nas duas primeiras semanas do mês, foram 22 ocorrências registradas pela referida unidade.

As causas do aumento repentino da catapora não são exatas, mas é provável que sejam  conseqüência da falta de cuidados gerais da população no contato com os infectados pelo vírus. Conforme Jocinete Bessa Chaves, responsável pela Vigilância Epidemiológica da UPA do 2º Distrito, o tratamento da doença é relativamente curto (dura cerca de 9 dias), mas quando está na fase de cicatrização ela é bem contagiosa.

“Geralmente acontece de uma pessoa contrair a doença e daí vai espalhando aos demais moradores ou freqüentadores da mesma casa. Ou mesmo de escolas, igrejas, etc. Tanto é que a nossa incidência maior de casos tem sido com crianças. Elas é que se descuidam mais e acabam transmitindo o vírus por contato direto para os outros”, comenta Jocinete.

A responsável pelos dados epidemiológicos também contou que os quadros clínicos dos casos da UPA geralmente são comuns. “Dificilmente algum paciente com catapora tem de ficar internado por apresentar estágio crítico”, disse. Quando a doença é identificada, o paciente é receitado a se tratar com antibióticos e a ficar de repouso em casa.      

Apesar dos altos valores, é importante ressaltar que a situação crescente das duas UPAs pode não representar plenamente o quadro epide-miológico da cidade. Trata-se apenas de fortes indícios de que o vírus da Varicela teve uma elevação no número de infectados da Capital, alta esta que pode ou não ser nas mesmas proporções registradas pelas unidades. De qualquer forma, se o número de casos continuarem em ascensão é bem provável que as secretarias de Saúde realizam ações de mobilização e/ou campanhas de vacinação.

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