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Semana de Comunicação fecha com palestras, oficinas e mesa redonda

A mesa redonda que marcou o terceiro dia da Semana de Comunicação Iesacre/ Uninorte, na noite da sexta passada (8), no campus da Cidade Universitária Uninorte, apresentou novas concepções e oportunidades de atuação para os acadêmicos de Jornalismo e de Publicidade/Propaganda. Entre alguns destaques, a discussão serviu para mostrar o valor de um bom profissional no mercado e incentivar os alunos das duas áreas a insistir em novas idéias para obter sucesso em redes sociais como o Twitter, Orkut e Facebook.

O debate foi mediado pelo jornalista Bruno Cássio (TV Acre) e pela publicitária Sofia Brunetta (Cia de Selva). Como componentes da mesa, foram convidados o diretor de A GAZETA, o jornalista escritor Silvio Martinello, o gerente de marketing Rodrigo Pires (Supermercado Araújo) e a empresária/publicitária Charlene de Lima (VT Publicidade). O tema foi ‘Jornalismo, Publicidade e Propaganda: novos rumos, novos mercados’.

Instigado pelos intermediários, o primeiro debatedor a falar sobre o atual papel das redes sociais foi o jornalista Silvio Martinello. Com mais de 38 anos de carreira, o repórter avaliou a relação ‘canibalesca’ existente entre as velhas e novas mídias e expôs 3 visões globais sobre tal questão. A primeira, pessimista, é de que as mídias impressas já acabaram ante as digitais. A segunda, moderada, é de que os impressos têm sobrevida de mais 10 anos. A terceira, idealista, prega que a data fatal para o fim de jornais/livros seria em 2040. Para o jornalista, é preciso pensar em todos os empregos em jogo antes de  adotar alguma das visões.

“Não dá para ignorar a chegada de novas mídias, mas também não se pode acabar com as antigas enquanto elas derem certo. Hoje, 37% das pessoas ainda lêem jornais, revistas e livros. Na Índia há 2.337 jornais, 1.442 nos EUA, 984 na China e 680 no Brasil. Enquanto isso, na internet os jornalistas ainda não acharam um jeito de ganhar muito dinheiro. Portanto, deve levar um tempo até que o impresso suma de vez. E, neste período, quem deve se adaptar e aprender como usar estas redes so-ciais são os jornalistas, os comunicadores sociais”, ponderou.

Na seqüência, Charlene de Lima definiu a influência das redes sociais no mercado local de publicidade como algo ainda tímido, devido ao perfil conservador do empresariado acreano. Para a publicitária, os formandos na área devem descobrir como, aos poucos, mudar esta conjuntura, inclusive aderindo às novas mídias como um caminho. Outro tema levantado por ela foi à alta concorrência gerada por publicitários que se formam e, em vez de atuar em grandes firmas, preferem abrir empresas próprias e baratear serviços.

Em seguida, o jovem publicitário Rodrigo Pires destacou o entusiasmo de incorporar as redes sociais como a melhor forma de apostar mais nas pessoas, dentro da sua área. “As facilidades da internet trazem novidades e benefícios a todos os setores, desde comércio até política. Eu sempre digo que antes vivíamos no mundo off-line, hoje estamos no on-line e logo estaremos no all-line. E, nesse processo, eu acho vital valorizarmos mais as pessoas. Para mim, é justamente esta a aposta que faz as redes sociais”, completou ele.

Perguntas e respostas
O debate seguiu com uma série de perguntas de diversos assuntos, desde a importância das redes sociais na construção dos profissionais modernos até o seu papel nas últimas eleições. Outras temáticas suscitadas foram: as dificuldades de ingressar no mercado; o valor de ter um bom currículo profissional; estágios; a qualificação (e desqualificação) com as redes sociais; as características de tais redes; inovação e renovação profissional; além da importância de persistir na busca por novas alternativas dentro do mercado.

Os debatedores responderam às perguntas do público com muita objetividade e clareza, entre discursos bem-humorados e ‘falsas’ divergências à parte. Após a sabatina, o trio fez suas considerações finais, lançando desafio aos acadêmicos para buscarem propostas inovadoras com o uso destas redes sociais, enquanto maiores vedetes da ‘era digital’.

Palestra, oficina e o fim da Semana
Após a mesa redonda, a terceira noite da 2ª Semana de Comunicação terminou com uma interessante palestra a respeito de Jornalismo Científico, ministrada pelo professor Luis Victorelli, seguida de uma festa no The Rock Bar. Também foram sorteados 3 livros da nova obra literária do jornalista Silvio Martinello, ‘Acre, Onde o Vento faz a Curva’. A edição deste ano teve seu fim na manhã de ontem, sábado, com oficinas de ‘Jornalismo Científico: Convergência de Mídias’, também lecionada pelo paulista Luis Victorelli.

 

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