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Travessia na balsa do Abunã chega a durar mais de cinco horas

Há 40 dias, o tempo de espera para atravessar o Rio Abunã, no quilômetro 250 da BR-364, sentido Rio Branco-Porto Velho, é de 5 horas, em média. Por duas vezes nesta semana, a fila de carros chegou a 5 quilômetros em cada margem. Dragas dão plantão permanente para abrir os bancos de areia que se formam sobretudo no principal canal da travessia. Duas balsas se revezam num ritmo muito lento transportando três vezes menos veículos que o normal.


Operadores das balsas dizem que esta é a maior seca dos últimos 60 anos, e caso não chova o suficiente nos próximos 15 dias, o serviço sofrerá uma interrupção inevitável e por tempo indeterminado. O abastecimento de combustíveis no Acre seria afetado imediatamente, já que o transporte por água já está suspenso devido à seca e esse tipo de carga está vindo por terra desde Cuiabá.

As embarcações encalham ao menos duas vezes ao dia, tornando ainda mais estressante a espera sob uma temperatura cuja sensação térmica é estimada em 50 graus. “A esperança é chover lá pelas bandas da Bolívia. Se o Rio Madeira encher mais, as coisas vão melhorar por aqui também”, comentou Josenilton Cardoso, que trabalha na balsa.

Para aumentar a inquietação de passageiros e motoristas, é dada preferência de travessia aos veículos com carga inflamável. (Assem Neto)

 

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