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Assembléia Legislativa volta ao trabalho na ‘ressaca eleitoral’

O clima na Aleac ontem era de alegria e comemoração para alguns deputados e de tristeza para outros. Depois das eleições, o assunto ainda era o resultado das urnas. Alguns parlamentares que não foram reeleitos se justificavam. “Dizer que foi por causa da chuva é uma desculpa”, afirmou Luiz Calixto (PSL). “Isso faz parte do jogo democrático: perder e ganhar. Mas estou contente com a minha votação na Capital e em Tarauacá”, justificou. Por outro lado, Ney Amorim (PT) se mostrava satisfeito com a sua expressiva votação. “Acho que a população entendeu o recado da nossa mensagem de campanha e garantiu a minha volta”, comemorou.

Mas era dia de trabalho. Como sempre o presidente da Aleac, Edvaldo Magalhães (PCdoB), se articulava com governistas e oposicionistas para análise e votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). “Nós fizemos questão de retornar ao trabalho no primeiro dia após as eleições. Nós temos um mandato e um papel a concluir até o final dessa legislatura. O principal é fazer todo debate em torno da questão orçamentária até a sua votação. Se trata do orçamento do primeiro ano do próximo governo. Também concluiremos os nossos programas como a Assembléia Aberta. Vamos ver qual agenda iremos cumprir nos próximos meses. Foi uma legislatura que honrou o Acre, cumpriu o seu papel parlamentar e ficará gravada na história da Aleac”, afirmou Edvaldo.

Análise da mensagem eleitoral
O deputado do PCdoB que concorreu ao Senado, também falou do resultado eleitoral. “A eleição a gente ganha e a gente perde. Em primeiro lugar a Frente Popular ganhou as eleições com o Tião governador e o Jorge Viana senador. Construímos uma condição de governabilidade na Aleac elegendo 16 deputados da FPA que aumentou a base de sustentação do governo. Também é importante destacar que fizemos cinco dos oito deputados federais”, analisou.

Quanto à mensagem das urnas Edvaldo Magalhães explicou: “foi uma eleição que sinaliza com a divisão do nosso povo na disputa majoritária. Tenho certeza que precisamos de duas atitudes: a primeira é ter sapiência para entender os recados das urnas. Para isso temos que fazer uma análise com calma e tranqüilidade quando a poeira baixar. Qualquer pressa feita no calor eleitoral aumenta a possibilidade de erros. Nós da FPA temos uma experiência acumulada de entender o recado das urnas e fazer os ajustes e as mudanças necessárias quando as urnas nos mandam bilhetes. Faremos os ajustes para levarmos o nosso projeto mais adiante. Tenho plena confiança nas lideranças políticas da FPA”, garantiu.

Futuro político
Indagado sobre os novos rumos da sua carreira política, Magalhães, ponderou: “na luta política, às vezes, se ganha perdendo e, às vezes, a gente perde ganhando. Fiz a minha primeira disputa majoritária. Sempre disputava a parte e não o todo. Fui o deputado estadual mais votado com seis mil votos, em 2006. Nessa eleição tive 123 mil votos, portanto, mais pessoas depositaram a con-fiança em mim. Estou feliz com esse resultado. Claro que queria ser senador, mas não foi possível neste momento. Sou eminentemente um militante da causa da FPA. O que faço na minha vida é para construção desse campo político e vou continuar com a minha militância e ajudar nesta nova fase a fazer um debate político de profundidade. Mandato não é a condição preponderante para um militante da FPA exercer as suas atividades”, destacou

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