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Lula diz que na atual ‘guerra cambial’, é preciso ‘preservar’ a indústria

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira (22) que na atual “guerra cambial”, é preciso tomar medidas para “preservar” as indústrias brasileiras. Ele recebeu no Palácio do Planalto o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Brinquedos (Abrinq), Synésio Batista da Costa, de quem ganhou um carrinho de brinquedo.

Segundo Lula, o governo defende um livre comércio que não coloque a produção nacional em desvantagem na competição com outros países. “Vocês sabem da preocupação que nós temos de defender a indústria nacional de brinquedos. Nós queremos que a balança comercial brasileira seja a mais diversificada possível. Não queremos criar obstáculos para a importação”, disse.

“Não se trata disso, se trata apenas que esse livre comércio funciona bem até que as empresas brasileiras não sejam prejudicadas por um tratamento desigual, sobretudo quando se constata que há uma certa guerra cambial no mundo e nós, então, precisamos preservar não apenas nossos empregos e salários mas nossas empresas para que elas continuem crescendo”, disse. Lula afirmou ainda que espera um Natal “vigoroso” este ano.

O presidente da Abrinq afirmou que o Brasil produziu 1 bilhão de brinquedos de 2003 a outubro de 2010. Ele afirmou que o mercado brasileiro sofre, principalmente, com a competição asiática. “A indústria nacional tem que enfrentar os chineses”, disse. Segundo ele, a criança brasileira é a terceira do mundo que mais influencia os pais a comprar produtos e representa um amplo mercado consumidor.

‘Academicismo’

O presidente voltou a dizer que o Brasil vive um “bom momento” e criticou o “academicismo” das políticas econômicas implementadas pelos governos anteriores. “Eu acho que finalmente nós encontramos um jeito de governar o Brasil, sem o academicismo das teses colocadas em prática, sobretudo na área econômica, e que, quando fracassavam as teses, os prejuízos ficavam por conta daqueles que não tinham nada a ver com as teses”, disse.

Segundo ele, os “prejuízos” provocados pelos planos Collor, Bresser e Verão estão sendo pagos “até hoje” pela população brasileira. “As pessoas vão inventando planos e, não hora em que vem a conta, quem inventou já não está mais no governo, não é? E nós fizemos uma opção clara… Vocês, que são empresários, sabem que eu não sei se existiu outro momento na história da relação entre o empresariado e o governo em que houvesse tamanha sinceridade de propostas”, disse.

O presidente afirmou as decisões econômicas tomadas pelo atual governo são apresentadas de forma transparente. “Nada precisa ser escondido e nada precisa ser feito na calada da noite. Ou seja, o jogo tem que ser aberto, todo mundo tem que saber o que vai acontecer, todo mundo tem que poder ter capacidade de fazer prognóstico do que vai acontecer no próximo ano.” (G1)

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