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Carlos vence a Especial e Chupeta leva a 1ª Classe do Open da Mais

Temendo a “temerosa” chuva, a coordenação do Open de Tênis da Mais Academia realizou as finais da Especial e da 1ª Classe pela manhã de domingo. Carlos Oliveira venceu na Especial e Chupeta levou na 1ª Classe, em dois jogos de muita troca de bolas rápidas, empolgando a torcida presente.
Tenis
Assim que acabou as duas finais, a direção realizou a premiação dos atletas, em torno de R$ 8 mil para as duas classes. Carlos Oliveira levou o principal prêmio, R$ 4 mil pelo título da Especial ao vencer por 2 sets a 0 (6/2 e 6/3) a Leandrinho, que levou R$ 1,5 mil. Semifinalistas, Renatinho e Pedro Braga levaram R$ 500 cada. O mesmo valor, R$ 500, levou Chupeta pela 1ª classe vencida sobre Serginho, por 2 sets a 1 (6/3, 3/6 e 6/2), que levou R$ 100.
As outras classes disputadas na competição – 2ª, 3ª, 4ª Classe, Infantil e Iniciante Adulto – terão sua programação retomada nesta semana. “Demos prioridade para as classes em que tínhamos atletas de fora para poderem retornar aos seus lares”, explicou Carlos Eduardo, diretor técnico do Open da Mais.

O presidente da Federação Acreana de Tênis, Allan Ascendino, e o presidente da Rondoniense, Leandro Calixto, confirmaram a intenção de elaborar um calendário conjunto dos dois Estados e que as competições não caiam na mesma data. “Precisamos crescer juntos e isso é o primeiro passo para desenvolver ainda mais o tênis nos dois Estados”, afirmou Allan. “Sempre fomos parceiros e isso só irá reforçar”, acrescentou Leandro.

1ª Classe – Chupeta aproveitou os erros de Serginho para sair quebrando logo no primeiro game e repetiu no 9º, para fechar o set inicial por 6/3. Serginho deu resposta também no primeiro e terceiro game do 2º set, quebrando o serviço de Chupeta, porém não soube manter e cedeu um deles no game seguinte, mas sabendo manter o outro para vencer por 6/3.

Demonstrando cansaço, os dois atletas entraram no 3º set tentando a troca de bolas. Com um erro não forçado, Serginho cedeu uma quebra para Chupeta, que voltou a quebrar no 7º game. E com uma bola na rede, Chupeta venceu a decisão por 6/2. “O Serginho sempre valoriza nossos jogos, mas consegui vencer”, afirmou na premiação Chupeta.

Especial – Tiros de um lado e tiros do outro. Assim pare-ciam as bolas disparadas pelos dois tenistas finalistas. De um lado o vice-campeão de 2009, Leandrinho, e do outro o ex-pegador de bola que entrou no circuito profissional há apenas dois anos e agora, com 34 anos, é o 694 do mundo, mas já esteve entre os 400 melhores, Carlos Oliveira.

E foi como jogou todo o Open da Mais, que Carlos iniciou a final, a 200km por hora, quebrando de cara o serviço, se aproveitando de erros não forçados de Leandrinho. Apesar do forte calor, Carlos não aliviou e quebrou de novo no 3º game, levando o restante do set em trocas de serviço até fechar com 6/2 numa bola não forçada de Leandrinho.

Apesar de acusar um pouco o sol da manhã de domingo, Leandrinho voltou melhor, mas não o suficiente para segurar o ímpeto de Carlos. Na subida para a rede, Leandrinho voleou para fora, cedendo a primeira quebra. No 5º game, Carlos voltou a ceder quebra, numa resposta na rede, fazendo 4/1. No game seguinte Carlos cometeu alguns erros e numa bola não forçada teve pela primeira vez seu serviço quebrado, 4/2. Em novo voleio para fora Leandrinho cede mais uma vez a quebra, permitindo que Carlos saque para o jogo em 5/2. Sem desistir, apesar do enjôo oca-sionado pelo sol, Leandrinho parte para o tudo ou nada e força o erro de Carlos, quebrando o serviço. No entanto como ocorrerá nos últimos quatro games, onde todos foram quebras, Carlos Oliveira fechou o jogo em uma quebra, numa bola na rede de Leandrinho: 6/3.

“O cansaço, a ansiedade e alguns erros bobos incomodam, por isso o alívio no ponto final”, desabafou o experiente Carlos após o título. “Esse título me dá confiança para retornar ao circuito”, afirmou, ressaltando que pretende disputar outros quatro torneios este fim de ano (Volta Redonda/RJ, Barueri/SP, Belo Horizonte/MG e Foz do Iguaçu/PR).

Carlos Oliveira – Paulista que iniciou no tênis como pegador de bola, dos 8 aos 16 anos, passando a ser rebatedor, onde ficou até os 19 anos. Com 20 anos tentou o profissional, porém sem apoio e com apenas três competições por ano de ponta no Brasil, foi dar aula de tênis. Com 32 anos, após fazer um “caixa”, meteu a cara para tentar o sonho, jogar como profissional.

Sem ranking, precisava disputar os pré-qualifigth, mas conseguiu vencer em modalidade ingrata para quem não tem apoio. “Sou eu quem me banca, por isso quando entro, estou focado no meu objetivo”, afirma, tenista que já foi campeão em Rio Quente/GO e Fortaleza/CE.

Premiação – O presidente da Federação Acrea-na de Tênis e um dos coordenadores do Open, Allan Ascendino, explicou que a premiação de R$ 8.500 mil é recorde no Estado, além de ser uma das maiores da região Norte. “O investimento total para a realização da 4ª edição é de R$ 25 mil, entre premiação, logística, mão-de-obra, auxílio para os atletas de fora e outros gastos que vão surgindo”, disse Allan.

 

 

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