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Rally Bolpebra tem largada para 58 participantes

O mais tradicional competição da categoria, o Rally Bolpebra teve sua largada do estacionamento do estádio Arena da Floresta para 58 pilotos, sendo um deles uma mulher, Aracele Voguel, participando no Quadriciclo EX. Passando em vários municípios acreanos, além de entrar na Bolívia, será de três dias, onde a previsão é de muita chuva.
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Esta primeira etapa para os pilotos será de apenas 12 km até a balsa no Rio Acre para, então, começar realmente o “pequeno primeiro trajeto” de 200 km, passando pelo Caipora, Barro Vermelho, atravessando Senador Guiomard, percorrendo Santa Luzia. “No segundo dia a largada é 6h, passando pela Bolívia, retornando para o Brasil, no Cachoeira, num total de 450 km nesta etapa”, explicou Jeferson Cogo, presidente da Federação Acreana de Motos. No total dos três dias, os pilotos irão percorrer 1.110 km.

Entre os 58 participantes, apenas 10 deles são acreanos, motivo pelo qual lamentou o dirigente. “Certa forma até entendo por saber que o rally é caro para os pilotos, além dos acreanos não terem costume em percursos tão grandes, mas lamento a falta de coragem de alguns para disputar e valorizar uma competição que é nossa”, falou.

Com pilotos vindos de Minas Gerais, Amazonas, Rondônia, além de representantes de Cobija, os dois mais experientes em rallys são Antonelli Ribeiro e Sérgio Ferraz, com boas participações no Rally dos Sertões. Eles afirmam que as dificuldades do trajeto é que torna qualquer competição atrativa. “Tudo torna mais difícil, o calor, o barro, chuva, além de ser um lugar desconhecido para gente, mas é isso mesmo que esperamos”, avalia Antonelli.

Indagado sobre o que esperava no trajeto e o favoritismo apontado pelos demais adversários, Ferraz lembra que a vantagem é justamente dos acrea-nos, pelo conhecimento da região. “Esperamos árvores caídas no trajeto, muito atoleiro, aí é só diminuir a velocidade, mas mantendo a regularidade”, ressalta o experiente piloto.

Uma mulher contra 57 homens – Esposa de piloto, Aldo Júnior, e acostumada a acompanhá-lo nas corridas como apoio, Aracele Voguel acabou pegando paixão pelo esporte e começou a praticar também no Quadriciclo, chegando a ganhar em 2009. “As mulheres já provaram que tem capacidade”, argumenta a “bela” pilota, entre os “feras” da categoria.

Em 2009, Aracele competiu apenas no primeiro dia. “Claro que a gente fica an-siosa, medo da chuva, mas o segredo é saber acompanhar a planilha e manter a regularidade”, afirmou confiante.

Talento precoce – Parte da delegação boliviana no Bolpebra, Fredy Quispe Júnior é o piloto mais jovem entre os participantes. No entanto o pai e a mãe do jovem talento lembram que ele pilota há oito anos: “então experiência não lhe falta”, afirma o pai, apaixonado pelo esporte e principal influência para o filho estar pilotando com o irmão e os primos.

Esperança acreana – A melhor participação acreana no Rally Bolpebra é do acreano João Tagino, apesar de estar registrado pela Federação Rondoniense. Sobre a prova, Tagino avaliou: “neste período do ano sempre esperamos chuva, apesar de já termos realizado o Bolpebra sem chuva, mas o piloto deve estar preparado para tudo”.

O que se espera é que o nível técnico da prova seja uma das melhores, principalmente devido a participação de alguns pilotos. “No geral, alguns pilotos são favoritos, entre eles Antonelli Ribeiro, Sérgio Ferraz e Marcelo Dias”, acrescenta Tagino. E é Marcelo Dias quem aponta um ponto positivo entre os acreanos: “claro que temos ligeira vantagem por conhecer parte da região, mas o trajeto total é desconhecido”.

 

 

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