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Binho é o primeiro membro honorífico do Conselho de Secretários de Educação

O governador Binho Marques recebeu segunda-feira, 8, o diploma de membro honorífico do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed). A homenagem ao governador acreano foi o primeiro ato da cerimônia de entrega do Prêmio Nacional de Referência em Gestão Escolar, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
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A eleição de Binho, primeira do gênero desde a criação do conselho, foi realizada durante a Reunião Ordinária do Consed em junho passado, em Rio Branco. O título é concedido a pessoas que tenham ocupado cargo de secretário de Educação com relevantes serviços prestados ao ensino brasileiro, está previsto no estatuto, mas o Consed nunca o havia concedido. O ato valoriza o que o Acre conseguiu fazer na educação com poucos recursos. Para Binho, há agora novo parâmetro para o sucesso brasileiro.

“Se o Acre, com todas as dificuldades, conseguiu sair dos últimos lugares e está entre os primeiros em tão pouco tempo, significa que o Brasil também pode avançar ainda mais”, avaliou o governador.

Para a secretária de Educação do Acre, Maria Corrêa, a posse de Binho foi o ponto alto da cerimônia. “O trabalho do governador recebeu o reconhecimento de todos. Um reconhecimento que não foi gratuito, o Consed nunca havia escolhido um membro honorífico e escolheu, por unanimidade, por entender que o trabalho feito na Educação do Estado merece reconhecimento e ter um secretário com essa visão de educação como membro honorífico do Consed, é um bom exemplo de que é possível fazer educação com qualidade nas diferentes realidades do país”, disse ela.

O Consed foi fundado em 25 de setembro de 1986 congregando, por intermédio de seus titulares, as Secretarias de Educação dos Estados e do Distrito Federal, e tem por finalidade promover a integração das Secretarias Estaduais de Educação, visando o desenvolvimento de uma educação pública de qualidade.

Educação pública de qualidade – Autoridades como o embaixador dos EUA no Brasil, Thomas Shannon, destacaram os grandes avanços do Acre na educação nos últimos doze anos não obstante a condição econômica e a localização geográfica do Estado. “O Acre pode ser um Estado pobre, mas é rico em recursos humanos e criatividade”, disse Shannon, na cerimônia em que tanto autoridades como gestores educacionais foram unânimes em avaliar positivamente o desempenho acreano no ensino público. “O Acre é um exemplo para o país inteiro”, completou Hugo Barreto, secretário-executivo da Fundação Roberto Marinho, que mantém, há mais de uma década, parceria na formação de alunos com distorção idade/série. O presidente do Grupo Gol, responsável pela criação, produção e distribuição de conteúdos multimídia em entretenimento, conhecimento e saber, Jonas Suassuna, e que apoia o Prêmio Nacional de Gestão Escolar, também fez semelhante declaração, sempre ressaltando o esforço da sociedade acreana por uma educação cada vez melhor.

A Escola Referência Nacional em Gestão Escolar – Destaque Brasil foi escolhida por 120 educadores de diversas instituições do Rio de Janeiro, Estado que não concorreu ao prêmio este ano. No Salão Assyrio, eles assistiram à palestra “Cultura Carioca: Da rua ao Municipal”, apresentada pelo jornalista e curador do Museu da Imagem e do Som Hugo Sukman, e a vídeos sobre cada uma das seis finalistas. Em seguida, houve uma votação eletrônica para a escolha da premiada. O resultado foi divulgado, ao vivo, durante a edição das 17h do Jornal Futura, do Canal Futura, na noite de segunda-feira. Nos seis Estados finalistas – Bahia, Ceará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Santa Catarina – o canal mostrou a mobilização de alunos, pais e professores que torciam por suas escolas. Em seu discurso, o governador acreano agradeceu aos presentes, reafirmando compromisso de vida com a educação.

Indicadores afirmam mérito acreano
Todos os números, os indicadores confirmam o mérito do Acre, que saiu das últimas colocações no ranking nacional de ensino para figurar entre os dez melhores. Em alguns níveis, o Acre ocupa a sexta colocação no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb): foram 4.860 novas vagas de 1999 a 2006 e 5.850 vagas a partir de 2007. Os Centros de Educação Permanente fortalecem a oferta constante de ensino superior através da tecnologia de educação à distância, e o projeto Poronga reduziu pela metade o grave problema da distorção idade/série, recuperando a esperança de milhares de jovens e adultos.

Outro passo importante foi a ampliação do período de ensino fundamental de 8 anos para 9 anos, medida acompanhada da criação de 6.720 novas vagas escolares entre 2008 e 2009. Houve a redução do analfabetismo na população acima de 15 anos, que era de 24,5% em 1999 e passou para 13,7% em 2009. O ProAcre, maior programa de inclusão social da Amazônia, tem papel fundamental em todos os processos. No final deste ano será lançada uma medida inédita no Brasil, que é a distribuição de computadores netbooks para todos os estudantes do último ano de ensino médio. (Agência de Notícias do Acre)

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