Nascido em 23 de setembro de 1940 no município de Tietê, interior de São Paulo, Michel Temer formou-se advogado na USP (Universidade de São Paulo), onde foi professor de direito constitucional. Longe das salas de aula, foi procurador-geral do Estado de São Paulo (1983, 1984 e 1992), secretário de Segurança Pública (1984-1986 e 1992-1993) e secretário de Governo do Estado (1993-1994).
A despeito de sua longa atuação na área do direito, na qual publicou diversos livros, foi com sua trajetória política que ganhou notoriedade. Presidente do PMDB desde 2001, atualmente está em seu sexto mandato como deputado federal.
Em 1997, presidiu a Câmara pela primeira vez, integrando a base de sustentação do governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) no Congresso. Temer triplicou a verba de despesa de gabinetes disponível para os deputados ainda no início de sua gestão à frente da Casa; ao mesmo tempo, permitiu aos colegas que aumentassem os salários de seus assessores.
Esteve a frente da Casa pela segunda vez em 2001. Em 2004, candidatou-se à Prefeitura de São Paulo como vice na chapa de Luiza Erundina (PSB). Apoiador da presidência tucana, Temer não encontrou dificuldades em mudar de lado assim que os petistas assumiram o Palácio do Planalto com a eleição de Lula, em 2002.
Em 2009, segundo investigações feitas pela Polícia Federal durante a Operação Castelo de Areia, o peemedebista foi citado em planilhas da empreiteira Camargo Corrêa, que indicariam “contabilidade paralela” realizada pela empresa. Nelas, Temer foi citado 21 vezes – ao lado de quantias que chegam a US$ 345 mil – entre os anos de 1996 a 1998. À época, o parlamentar defendeu-se por meio de uma nota.
Tido como conciliador, dono de grande capacidade de diálogo, foi visto por especialistas como o melhor nome disponível dentro do PMDB para o posto de vice-presidente de Dilma Rousseff (PT) – cujo perfil é encarado como mais técnico e menos político.
Em outubro de 2010, é eleito na chapa de Dilma Rousseff, como vice-presidente do Brasil. (UOL)