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Guilherme Francisco retrata a vida de guarda territorial em seu 6º filme

Em mais uma empreitada em seu amor pela sétima arte, o acreano Guilherme Francisco lança amanhã o seu sexto filme. ‘Fogão de Lenha’ retrata um pouco da miséria em que viviam os ex-guardas territoriais do Acre, que formavam a polícia do então Acre Território Federal. O lançamento do longa-metragem acontece a partir das 20h no Teatro Hélio Melo.

A entrada é franca e de classificação livre. O filme foi gravado 98% na zona rural de Rio Branco. Como em todas as suas produções, Guilherme Francisco gravou “Fogão de Lenha” sem muitos recursos, mas com muita determinação. O único equipamento foi uma filmadora mini-dv, além do tripé. Para captar o áudio o ci-neasta usou “um bom microfone”, como ele mesmo resume.

“Com a ajuda de amigos e colaboradores formos juntando aos poucos o que precisávamos, como alimentação e combustível”. O cenário do filme foi uma fazenda emprestada por um colega do ci-neasta. Apesar de não contar com muitos apoios, ele faz questão de ressaltar: “é um filme 100% acreano”. 

Francisco é o faz-tudo de suas produções. Diretor, roteirista, ator e editor. Para ajudar na empreitada ele conta com o ajuda da esposa Adriana Oliveira. Em “Fogão de Lenha” ela é a atriz principal. O longa (de uma hora e trinta minutos) é baseado na história do próprio pai de Francisco.

Saído do Nordeste, como milhares de sertanejos veio para a Amazônia como soldado da borracha. Mas logo preferiu servir a Guarda Territorial. “Era um salário de miséria. Os guardas passavam por grandes necessidades”, diz o cineasta. Vivendo em uma casa simples de madeira, o casal (protagonizado por Francisco e Adriana), trava uma luta diária pela sobrevivência. O alimento que consegue é preparado no fogão de lenha.

 

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