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História do jornalismo acreano é destaque em debate realizado por estudantes da Ufac

A última rodada de debates do ‘Projeto Em Pauta’, realizado por alunos da Universidade Federal do Acre (Ufac), se transformou em uma grande aula sobre a história do jornalismo acreano. No auditório do Colégio Acreano, na noite de quinta-feira (11), os jornalistas Nilda Dantas e Silvio Martinello dividiram, com estudantes e profissionais da área, suas experiências e conhecimentos sobre radiojornalismo e jornalismo impresso.
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“Foi uma grande aula sobre o jornalismo praticado no Acre, no rádio e nos jornais impressos. Experiências e conhecimentos como os que foram repassados aqui ainda não encontramos em livros. Por isso, a grande importância e sucesso do projeto, principalmente para os alunos do Curso de Jornalismo”, disse o professor Wagner Costa. Ele coordenou o ‘Projeto de Extensão Em Pauta – O Jornalismo Acreano em Debate’, como parte da disciplina do 7º período do Curso de Comunicação Social / Jornalismo da Ufac.

Nilda Dantas, mulher pio-neira no rádio acreano, falou de sua carreira e dos avanços no radiojornalismo no Estado. Ela contou que até a sua estréia, o rádio acreano era “uma espécie de clube do bolinha”, dominado pelo sexo masculino. “Esta foi a principal dificuldade que encontrei, o preconceito com o sexo feminino no rádio. Mas aos poucos conseguimos quebrar esta realidade. Para Nilda Dantas, as novas tecnologias só contribuíram para melhoria do radiojornalismo acreano.

Com sua experiência de mais de três décadas no jornalismo acreano, o jornalista Silvio Martinello, diretor-geral do jornal A GAZETA e Rádio GAZETA FM, foi a grande sensação do debate. Sistemático, ele apresentou detalhes do surgimento do jornalismo impresso no Estado e as mudanças ocorridas ao longo do tempo. Também, as várias projeções para o futuro do jornalismo impresso, a maioria pessimista e que prevêem o fim dos jornais de papel em um período entre 10 a 40 anos.

Quebrando o silêncio
Conhecido como uma pessoa reservada, avesso a manifestar opiniões, mas instigado pelas perguntas dos presentes ao debate, principalmente alunos de Jornalismo, Silvio emitiu importantes impressões suas sobre o jornalismo no Acre. Para ele, o jornalismo impresso praticado nos dias atuais “é mais profissional do que ideológico”, ao contrário do que foi O Varadouro, jornal na década de 80 do qual foi um dos fundadores.

Firme em suas posições, Martinello sur-preendeu ao admitir a dificuldade enfrentada pelas empresas jornalísticas do Acre. Ele disse que pela iniciativa privada ainda ser incipiente no Acre, não tendo condições de manter as empresas de comunicação a partir de anúncios, o poder público se torna o maior investidor e, como conseqüência tem maior influência na mídia.

 

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