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Índios chegam a uma semana de protesto e reforçam presença na Funasa

Os cerca de 50 índios que estão acampados em frente ao prédio da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) completam hoje uma semana de movimento. Para não ficarem ao relento e dispostos a permanecer no local, os indígenas reforçaram o protesto com a construção de malocas características de suas tribos. Eles reivindicam melhores condições nas políticas de Saúde aos Indígenas.
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Com ameaças de invasão e agressão por parte dos ín-dios, a direção da Funasa decidiu acionar a Procuradoria da República, para que a Justiça Federal determine a saída deles do prédio. Segundo apurou A GAZETA, a Justiça só expedirá uma decisão quando o Ministério Público Federal se posicionar sobre o assunto.

Na tarde de ontem, os índios se reuniram com os procuradores do MPF responsáveis pela questão dos povos nativos. Seria a partir do resultado deste encontro que a Justiça iria dar um veredicto para a ação da Funasa.

Segundo Ninawa Huni kui, porta-voz do movimento, o atendimento prestado hoje pelas prefeituras e pela Funasa está aquém do desejado. O problema mais grave está na Casa do Índio, local que hospeda os indígenas que vêm a Rio Branco para tratamento nos hospitais especializados.  

Motivo de críticas e protestos por índios e suas entidades representativas em todo o país, a política de Assistência à Saúde destes povos tem sido um dos percalços do Governo Federal, que compartilha com os municípios a responsabilidade.

Para tentar mudar a situação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou no mês passado o decreto que cria a Secretaria Nacional de Saúde Indígena, vinculada ao Ministério da Saúde.

A secretaria assumiu as atribuições do Departamento de Saúde Indígena da Funasa e será responsável pelas ações de saneamento básico das áreas indígenas. Antes, a fundação era encarregada tanto das ações de Saúde como da aquisição de insumos, apoio logístico, licitações e contratos.

Hoje, os serviços prestados estão divididos em 34 distritos sanitários especiais indígenas. A proposta é que, à medida que seja reestruturado, cada distrito passe a ser autônomo e, assim, agir com mais eficácia em suas respectivas áreas.

 

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