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José Beltrame defende controle mais rígido nas fronteiras, em visita ao Acre

Em visita ao Acre em abril deste ano, o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, defendeu controle maior e mais rígido nas entradas e saídas das fronteiras do país. Beltrame, que concedeu entrevista exclusiva ao jornal A GAZETA, disse que a falta de policiamento mais ostensivo nestas áreas limítrofes afeta não somente o Rio de Janeiro, mas todos os Estados.
Beltrame
Com uma área de fronteira que chega a mais de 15 mil km, o Brasil sofre as conseqüências de não garantir uma presença do Estado intensa e permanente nestas regiões. Isso deixa o país livre para a ação de traficantes de drogas e armas. O resultado desta omissão é visto agora, ao vivo pela TV, por todos os brasileiros na guerra contra o tráfico nos morros cariocas.

Exibindo-se com armas de grosso calibre (muitas de uso exclusivo das Forças Armadas), criminosos desafiam o Estado levando o terror aos cidadãos de bem. As grandes quantidades de drogas apreendidas também revelam que, apesar das operações policiais resultarem em grandes apreensões, muitos entorpecentes ainda entram no Brasil.

Na fronteira com os dois maiores produtores de droga do mundo, o Acre viveu nos últimos meses uma onda de violência que assustou a população. Uma das causas apontadas para o problema era justamente a oferta maior de drogas no Estado. Com mais pessoas ficando viciadas, elas recorrem a roubos e furtos na tentativa de saciar a dependência.

Depois do susto, hoje Rio Branco aparenta estar mais tranqüila. O reforço de 600 novos policiais militares é apontado como um dos fatores para tal ‘controle’ da criminalidade. Mas somente polícia na rua não é suficiente. Como disse Beltrame, é preciso um “tsunami de ações sociais”.

É dessa forma que o Rio de Janeiro tem atuado para que o governo possa reconquistar os territórios perdidos para os traficantes, que já chegaram a formar verdadeiros Estados paralelos nas comunidades mais pobres. Após retomar favelas, agora o governo fluminense procura levar suas ações sociais.
A Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) é o primeiro passo para que as cenas vistas e revistas durante toda a semana passada possam fazer parte de um passado distante na memória de todos os brasileiros. O Acre pode contribuir para que os cario-cas possam sair de casa e voltar vivos – basta cuidar melhor de suas fronteiras. 

 

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