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José Chalub Leite bate recorde de premiação

Valores em 11 categorias só são maiores em São Paulo; inscrições terminam nesta terça-feira

Em 21 de outubro de 1988, uma agitada e tensa reunião assumia contornos de assembleia por um motivo aparentemente prosaico, mas que viria a se constituir em um acontecimento histórico para as pessoas que dela participaram. O cenário era o auditório da hoje federalizada Eletroacre e a assembléia daquela noite inesquecível fora convocada para fundar um sindicato que reúne pessoas mais “cricris”, polêmicas, talentosas e críticas, e que exercem papel crucial na sociedade moderna, mas que, logo após o advento e do invento de Lindemberg, fizeram história, lideraram conspirações e deram as suas contribuições para as transformações políticas e sociais a partir de então.

Os exemplos são muitos, mas a história de Hipólito José da Costa, um brasileiro que foi forçado a se refugiar na Inglaterra, de onde ofereceria substancial contribuição à independência do Brasil. Em tempos mais recentes, Bob Woodward e Carl Bernstein protagonizaram o Caso Watergate, que derrubou nada mais nada menos do que o presidente dos Estados Unidos da América, a nação mais poderosa do planeta. Sim, estamos falando de jornalistas. A tal assembleia de que se falou anteriormente pretendeu e conseguiu fundar o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Acre (SINJAC). O que significou isso para a sociedade e para os jornalistas?  – Significou muito. Significou uma estruturação maior para que os profissionais pudessem exercer a
profissão em condições melhores que antes, confrontar patrões em busca de melhorias salariais e de trabalho. Para a sociedade, apresentou um jornalismo de melhor qualidade (ainda que este ideal não tenha sido atingido em sua plenitude), e um jornalismo com preocupações sociais. Esta é a nossa tarefa. Esse é o nosso trabalho.


Uma breve história do SINJAC

A história do jornalismo acreano pode ser dividida entre dois tempos distintos: antes e depois do SINJAC. O depois é recheado de uma atuação mais marcante, presente, ainda que, às vezes, motivado por ações dúbias e de atrelamento político e ideológico. Contudo, voltado para a sua tarefa essencial que é defender a categoria, com todas as armas possíveis. Desde aquela noite de 22 anos atrás, Jósimo de Souza, Chico Araújo, “Chumbinho” (onde ele está?), Antônio Stélio, Raimundo Afonso e Marcos Vicentti se debruçaram e fizeram o que podiam.

No início, a então AJA – Associação dos Jornalistas do Acre tinha também suas idiossincrasias e a atuação crítica, por exemplo, do jornalista Tião Maia, polêmico como sempre. Ah! – Tinha também aquele que viria a ser deputado federal e hoje é um grande filósofo: Marcos Afonso. Tanta peleja ao longo dos tempos teria sim que ter uma compensação. Esta turma toda, e muito mais gente, merecia um prêmio. É aí que entra na história o Prêmio José Chalub Leite de Jornalismo, que já está em sua 11ª edição e cujas inscrições podem ser feitas até esta terça-feira.


Para isso, é preciso ser filiado ao SINJAC e estar em dias com a contribuição sindical.

Programação XI Prêmio José Chalub Leite

A 11ª edição do Prêmio José Chalub Leite de Jornalismo alcança, em 2010, um patamar invejável. Só perde para São Paulo em termos de premiação. Neste três de dezembro próximo, serão R$ 53 mil a serem distribuídos entre onze categorias: charge, fotografia, imagem cinematográfica, rádio, jornalismo impresso, telejornalismo, jornalismo digital, e universitário. Matérias de apoio à indústria nas categorias telejornalismo, jornalismo impresso e rádio, também serão premiadas.

Todos receberão ainda um notebook de presente e um troféu  banhado em ouro idealizado pelo jornalista Toinho Alves e transformado em escultura pelo chargista Francisco Braga.  Em 2007, quando Marcos Vicentti, assumiu a presidência do SINJAC, apenas cinco categorias eram premiadas e levavam não mais que R$ 15 mil em prêmios. Nos anos seguintes, tanto o número de categorias quanto os valores da premiação foram aumentando, gradativamente.

 Em 2007, foi instituída ainda a Semana de Comunicação, que buscou envolver, além da categoria, os estudantes da área de Comunicação e a comunidade. Grandes profissionais da área são sempre chamados a participar como palestrantes, a exemplo dos jornalistas Ricardo Kotscho e Zuenir Ventura. Este ano não será diferente e foram convidados a participar do evento, profissionais da imprensa e da mídia de renome nacional como Mário Lima Cavalcante, André Telles, Walter Lima – professor da Fundação Casper Líbero e Nilson Lage. O tema da vez é “comunicação e as novas mídias sociais”. 

Premiar o trabalho dos jornalistas acreanos exige uma amplitude que contemple a sua magnitude. Pensando nisso, o SINJAC ampliou sua abrangência, e hoje, contempla também os profissionais que atuam no interior do Estado. Afinal, notícia não tem hora e nem lugar para acontecer. Reconhecer o mérito de quem corre atrás dela, tem. É no SINJAC.

A festa da premiação

A cerimônia de premiação do 11º Prêmio José Chalub Leite de Jornalismo vai acontecer dia três de dezembro próximo, em cerimônia de gala no Teatrão. O local foi escolhido pela sua amplitude e para que, não apenas a categoria, mas a comunidade interessada no universo da imprensa também possa participar. A festa é uma realização do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Acre (SINJAC), com o patrocínio do Governo do Estado, Prefeitura de Rio Branco, Assembléia Legislativa do Estado do Acre (Aleac), Federação das Indústrias do Estado do Acre (Fieac), Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Sindcol e tem o apoio da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj)  e da MX Design – uma empresa acreana que tem também o apoio do SINJAC em tudo aquilo que é acreano.

 

 

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