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Justiça extingue punição de Hildebrando em dois crimes

Em decisão interlocutória publicada anteontem (18), o juiz da 1ª Vara Criminal do Tribunal do Júri da Comarca de Rio Branco, Leandro Leri Gross, extinguiu a punição de Hildebrando Pascoal em relação a dois dos quatro crimes que ele teria supostamente cometido contra Clerisnar dos Santos Alves, mulher de José Hugo, acusado de assassinar Itamar Pascoal (1996), irmão do coronel aposentado.
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De acordo com a decisão judicial estão prescritos os crimes de constrangimento ilegal e violação de domicílio, restando a serem julgados os de seqüestro e cárcere privado. A denúncia foi oferecida pelo Ministério Público Estadual (MPE) em 1999 junto com o assassinato do mecânico Agilson Firmino dos Santos, o “Baiano”, mas sofreu desmembramento por decisão do então juiz responsável Anastácio Lima de Menezes Filho.

A partir desta decisão, o processo foi distribuído por sorteio à 4ª Vara Criminal da Comarca de Rio Branco, mas o titular daquela também se declarou incompetente, sob a alegação de que os crimes cometidos contra Clerisnar e “Baiano” são conexos e, portanto, mesmo que não fossem julgados juntos, deveriam ser apreciados em datas diversas pelo Tribunal do Júri Popular.

Diante o conflito negativo de competência coube ao Tribunal de Justiça do Estado (TJ/AC) decidir a quem caberia o julgamento. Por decisão unânime dos desembargadores o processo foi remetido de volta a Vara do Tribunal do Júri Popular, a quem caberá o julgamento. A data do julgamento em relação aos dois crimes que restaram ainda não foi definida, mas deve ocorrer provavelmente em dezembro ou no início do próximo ano.

No mesmo processo de Hildebrando Pascoal também figura como denunciado Marcos Antônio César da Silva, que se encontra em local não sabido, por isso sua citação se dará por edital. Em outro processo foram denunciados: Manoel Maria Lopes da Silva (Coroinha), Alex Fernandes de Barros (sargento Alex), Ney Ari Bandeira Roque e Aureliano Pascoal.

Segundo a denúncia oferecida pelo MP, a seqüência de crimes teve por motivação o assassinato de Itamar Pascoal. Clerisnar e os dois filhos menores (7 e 10 anos, à época), teriam sido seqüestrados e mantidos em cárcere privado com o fim de atrair José Hugo, o que acabou não acontecendo. Da mesma forma, que Baiano, teria sido morto por não informar o paradeiro do mesmo.

Mulher de Hugo teria morrido de câncer no Piauí – De acordo com notas publicadas no Portal AZ (www.portalaz. com.br), de responsabilidade do colunista Arimatéria de Azevedo, Clerisnar faleceu vítima de câncer em outubro de 2001, na cidade de Curimatá, inte-rior do Piauí.

Diz a primeira nota: “Faleceu, em Curimatá, Clerisnar que, para quem não sabe, é viúva de José Hugo Filho, assassinado a mando do coronel Hildebrando Pascoal, numa ação que envolveu policiais militares e até o juiz Osório Marques Bastos”.

Na edição do dia seguinte, o colunista reforça a informação: “A coluna esclarece que foi câncer, a causa da morte de Clerisnar, a viúva de José Hugo, Huguinho, morto pelo bando do coronel e deputado Hildebrando Pascoal, do Acre. Clerisnar morreu sábado passado”. (D.A)

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