A imprensa foi impedida de acompanhar a audiência na Terceira Vara da Justiça Federal, que decidiria sobre o destino dos índios que estão há uma semana acampados em frente ao prédio da Funasa (Fundação Nacional de Saúde). Eles reivindicam a melhoria nos serviços de atenção à Saúde Indígena.
Participaram índios das mais distintas etnias atendidos pelo Distrito Sanitário do Alto Purus. Também estiveram presentes os defensores da Funasa, representada pela AGU (Advocacia Geral da União). A audiência foi presidida pelo juiz Marcelo Eduardo Rossitto Bassetto.
Na tarde de segunda-feira (8), os indígenas se reuniram com o procurador Ricardo Gralha Massia. Do encontro, eles receberam parecer favorável do MPF. Para Massia, o protesto dos índios, desde que não impeçam o funcionamento do órgão, como a entrada e saída de funcionários e cidadãos em busca de serviços, pode continuar.
Para os índios, o encontro foi proveitoso e serviu como uma garantia de que agora eles contam com o apoio do MPF. A ação judicial foi movida pela Funasa, que quer a saída dos manifestantes de seu prédio.
Na tarde de segunda-feira, especulou-se a notícia de que a Justiça já teria expedido uma decisão e que a Polícia Federal cumpriria o mandato. O rumor os deixou assustados e dispostos a resistir. De acordo com Rondon Oliveira, da etnia Apurinã, independente do resultado da audiência de ontem, eles continuarão o movimento até que a solução para o problema saía do papel.