O laudo cadavérico de Ana Eunice Moreira Lima, 52, revela que a assessora parlamentar foi atacada pelas costas, sem chance de defesa, e sangrou até a morte. Soma-se a prova técnica, a confissão de Gleisson da Silva Andriola. A autoria do crime foi confirmada pelo presidiário tanto na fase de inquérito como na audiência de instrução, debates e julgamento realizada anteontem (4) na Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Rio Branco.
Em juízo, o acusado disse ainda que se recordava de ter pegado a faca e desferido o primeiro golpe, porém não precisou sobre os demais golpes. O advogado de defesa, Armysson Lee Linhares, solicitou a realização de exame de sanidade mental do acusado, mas o pedido foi negado pelo juiz Leandro Leri Gross.
“Indeferido o pedido, pois não há nenhum indício ou dúvida da integridade mental do acusado, pois demonstrou plena capacidade de conhecimento do fato praticado, não podendo confundir a defesa, a violência praticada no ato com suposta incapacidade ou discernimento do acusado”, deliberou o magistrado em audiência.
Nos termos da decisão proferida pelo juiz, Andriola tem capacidade plena de discernimento, tendo deixando inclusive consignado nos autos que está arrependido dos crimes que praticou. “Demonstrou possuir memória de todo o transcorrer dos eventos criminosos; além do mais relembrou dos fatos além de se opor a determinados depoimentos que foram colhidos em juízo, o que demonstra possuir senso crítico e capacidade de discernimento, além de capacidade de interpretação”, completou Gross.
Sentença de pronúncia
Andriola será submetido ao Júri Popular pelo assassinato de Ana Eunice e do atentado contra o comerciante Kender Conceição Alves da Silva, 32. Ana foi morta a facadas, dentro da própria casa. Kender sobreviveu a seis tiros, efetuados à queima-roupa pelo presidiário.
Também caberá ao Conselho de Sentença julgar o crime de cárcere privado contra Ana Eunice. A assessora parlamentar foi mantida como refém pelo acusado, por várias horas, antes de ser assassinada.
O acusado também foi pronunciado pelo roubo de uma arma de fogo, referente à vítima Alexssandro Machado Salvador. O crime foi praticado durante invasão ao Pronto-Socorro de Rio Branco, onde o segurança estava de plantão. Pelo mesmo crime também vai responder o presidiário Jéferson Teixeira de Andrade, 25.